A “bagaceira” tomou conta

Aglomeração acontece com frequência (Reprodução/vídeo da PMR)

Em vídeo veiculado nas redes sociais na manhã de ontem (domingo), o secretário municipal de Saúde de Rondonópolis, Vinícius Amoroso, comentou a situação registrada na noite da sexta-feira e do sábado últimos, tanto no interior como no entorno de bares e conveniências da cidade, que “supitaram” de gente sem máscara, sem o distanciamento exigido, aglomerados (eu diria, “empilhados” uns sobre os outros) e sem dar a mínima para o consequente aumento na disseminação do coronavírus, em Rondonópolis, dando uma de “São Tomé” e esperando ver acontecer, para crer.
O que o secretário mostrou, eu mesma presenciei quando retornava do Jardim Atlântico, na noite da sexta-feira por volta das 20h30, pela avenida Julio Campos, onde o vuco-vuco já era intenso em muitos desses estabelecimentos, que já contavam com som mecânico ou ao vivo, liberados pelo último decreto municipal.
Não adianta gravar vídeo, quando a flexibilização foi autorizada pela administração municipal – seguindo decisão do Conselho de Gestão de Crise – que “sabe de cor e salteado”, que as UTIs para covid-19 estão praticamente lotadas, que não há medicação para os procedimentos e vacinas em número suficiente e que a fiscalização, tanto da Polícia Militar quanto da Vigilância Sanitária, não está conseguindo coibir essa “soltura desvairada de franga”, dos frequentadores desses locais.
É “enxugar gelo”.
Tem que subir o tom da conversa e usar de providências mais enérgicas, porque usar de sutileza, não adianta mais.
Não temos a intenção de prejudicar ninguém, mas tem que suspender o alvará de funcionamento dos que reclamam por não poderem trabalhar, mas não exigem dos consumidores a observância das medidas sanitárias quando são autorizados a abrir as portas, como o próprio vídeo do secretário mostra e que o blog já está farto de mostrar, inclusive recebendo críticas dos donos de um dos estabelecimentos mostrados, por isso.
Sem usar de fatalismo, o Brasil está às portas, praticamente, de uma terceira e mais grave onda de coronavírus, viabilizada pelo surgimento de novas variantes do vírus, que pode vir a causar o esgotamento de espaços em cemitérios (para os sepultamentos), além de quadros de verdadeiro terror com contaminados vindo a morrer em plena rua, por falta de atendimento pela superlotação em hospitais.
Se a flexibilização de medidas pelo último decreto municipal ocorreu porque Rondonópolis saiu do risco Alto para Moderado, o que se viu no final de semana pode ter aberto caminho para que daqui 15 dias a situação se inverta e de forma incontrolável, porque se esquecem que o vírus é invisível e seu  maior meio de propagação, é pelo ar.
Tomara que eu me engane, redondamente.
Tomara!

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