“Mais perdido do que cachorro em mudança”

Entrevista na Base Aérea de Brasília (Rubens Valente/Folhapress)

Entrevista na Base Aérea de Brasília
(Rubens Valente/Folhapress)

A fuga dos debates durante a campanha presidencial, já evidenciava a total falta de conhecimento de Jair Bolsonaro (PSL) sobre gestão administrativa pública, o que poderia não só ridicularizá-lo mas também afastar boa parte dos que estavam propensos a votar nele.
A rápida fala dele em entrevista à Imprensa na manhã de ontem na Base Aérea de Brasília, Bolsonaro disse que o governo elevaria as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), para compensar perda de arrecadação com a concessão de incentivos às regiões Norte e Nordeste, atribuindo as dificuldades fiscais do país aos nordestinos.
A culpa aos nordestinos, que além de não condizer com a realidade, dá mostras da hostilização que as duas regiões – em que a maioria do eleitorado é Lula e votou em Haddad – sofrerão no seu governo.
O lero-lero presidencial, com clara demonstração de que estava “atrapalhado das ideias”, continuou com ele afirmando que esse aumento do IOF não causaria mais majoração da carga tributária (desde quando o IOF deixou de ser imposto?) e  proporcionaria redução da mais alta alíquota do Imposto de Renda (IR), que baixaria de 27,5% para 25% – beneficiando os mais ricos, evidentemente.
Desmentidos
Em mais um capítulo da novela do “diz e desmente”, logo após a declaração de Bolsonaro o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, ao vivo no Globonews, desmentiu seu chefe maior: “Não vai haver nada, que esteja sendo discutido com relação a alteração no Imposto de Renda. Imposto de Renda é um capítulo da reforma tributária, que vai ser analisada posteriormente, no tempo correto”.
A divulgação de Jair Bolsonaro fez com que Onyx Lorenzoni – ministro da Casa Civil, também tentasse explicar mais essa “bola-fora” de seu chefe, que causou polvorosa à equipe econômica.
Os quase 30 anos como deputado federal, em que praticamente nada fez pela Nação, comprovam a total falta de conhecimento sobre gestão pública e suas declarações desencontradas reforçam indícios que apontam para uma presidência conduzida por terceiros.
Já que o titular do cargo, não entende “bulhufas” de gestão da Coisa Pública!

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