Médico acusado da morte de pacientes durante endoscopia, vai a júri hoje

Médico foi denunciado pelo MPE (Foto: Reprodução/RBSTV)

Médico foi denunciado pelo MPSC
(Foto: Reprodução/RBSTV)

O gastroenterologista Denis Conci Braga, está sendo submetido a júri popular, hoje, em Joaçaba, no Oeste catarinense. A acusação que pesa sobre o médico, é referente à morte de três pessoas durante procedimentos de endoscopia e uma lesão corporal grave, sem maio de 2010.
Os casos
A clínica do médico ficava em Joaçaba, também no Oeste. Duas pacientes começaram a passar mal e tiveram uma parada cardiorrespiratória pouco depois do exame, na própria clínica. Uma adolescente de 15 anos ficou internada após a endoscopia e morreu 15 dias depois. Na época, o material usado na clínica foi apreendido e o médico foi autuado por homicídio culposo, pagou R$ 2,5 mil de fiança e ficou em liberdade.
Denúncia
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), na manhã do dia 14 de maio de 2010, o médico Denis Conci Braga iniciou os procedimentos de endoscopia que estavam agendados. Ao atender os primeiros pacientes, seguindo o protocolo adequado, borrifou doses de lidocaína em spray na garganta dos pacientes. Terminado o conteúdo do frasco, o médico começou a utilizar uma solução aquosa de lidocaína, em concentração totalmente inadequada, e solicitou aos pacientes atendidos posteriormente que fizessem um gargarejo e depois engolissem o medicamento.
Segundo o Ministério Público, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe, em todo país, a forma líquida e de solução oral para uso interno do medicamento lidocaína. Em razão da alta concentração de lidocaína ministrada pelo médico denunciado, três pacientes morreram por intoxicação e outros dois pacientes também foram intoxicados e sobreviveram, mas enfrentaram diversas complicações.
Ainda segundo a denúncia, a clínica médica de propriedade do réu possuía alvará apenas para a atividade de consultório e não havia infraestrutura adequada para a realização de exames de endoscopia. Além disso, a secretária do médico, sem nenhuma formação na área da saúde, era quem ministrava os medicamentos sedativos preliminares aos pacientes.
Com G1 SC

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

f