Mensalão mineiro: Marcos Valério fecha delação

Delação de Valério complica polítcos mineiros (Estado de Minas Gerais)

Delação de Valério complica políticos mineiros
(Estado de Minas Gerais)

Depois de uma série de tratativas frustradas, o publicitário Marcos Valério de Souza conseguiu fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). As informações coletadas pelos investigadores foram encaminhadas para o Supremo Tribunal Federal (STF), porque o operador do mensalão citou políticos que detêm mandatos — o chamado foro privilegiado.
O documento é extenso e está no gabinete da presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia. Como a Corte está em recesso, ela pode homologar o acordo ou aguardar o retorno dos demais ministros, para distribuir o caso.
Condenado a mais de 37 anos de prisão no julgamento do mensalão, Valério foi transferido na segunda-feira (17) da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem para a Associação de Proteção e Assistências ao Condenado (Apac), em Sete Lagoas (MG). Valério alegava correr risco de morte no presídio, onde os detentos fazem a segurança, e prometeu entregar detalhes do chamado mensalão mineiro.
O caso
O foco do processo do mensalão mineiro é a campanha eleitoral do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), um esquema de arrecadação ilegal de recursos abasteceu a tentativa de reeleição do tucano. Azeredo, que nega envolvimento no caso, renunciou ao mandato na Câmara dezenove dias depois de a Procuradoria-Geral da República pedir sua condenação. No Supremo Tribunal Federal (STF), o processo tramita desde 2009. No fim de março de 2014, a Corte decidiu devolver o processo à Justiça de Minas Gerais, já que o tucano perdeu direito ao foro privilegiado ao renunciar.
Fonte: Veja.com/Estadão

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