Morre o negacionista Olavo de Cavalho

(Reprodução/redes sociais)

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O astrólogo, escritor e influenciador Olavo de Carvalho, 74 anos, considerado o guru do clã Bolsonaro, de acordo com nota divulgada pela família nas redes sociais, morreu na noite de ontem (24), supostamente de covid-19, apesar da causa não ter sido informada, oficialmente.
Olavo estava em um hospital no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, onde residia há mais de 10 anos, e havia sido diagnosticado com covid-19, há oito dias atrás.
Em 8 de julho do ano passado, Olavo deu entrada no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (InCor), em São Paulo, às custas do SUS – do qual era crítico – para fazer exames e uma avaliação cardiológica, segundo nota do hospital.
No período em que ficou internado no InCor, teve crise de angina e foi submetido a tratamento para compensação cardíaca.
Em 13 de julho, passou por uma cirurgia de emergência para revisão da operação da bexiga realizada em maio do mesmo ano nos Estados Unidos. Ele teve alta após dez dias e passou a fazer um acompanhamento em casa.
Em 9 de agosto, porém, Carvalho voltou a ser hospitalizado no InCor, com quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda e infecção sistêmica.
Ele era portador da Doença de Lyme, uma infecção transmitida por carrapato que causa irritações na pele e sintomas semelhantes aos da gripe, além de ser cardiopata.
Indiciado no inquérito da Polícia Federal sobre as milícias digitais, Olavo de Carvalho deixou o hospital de modo repentino e sem receber alta médica, em novembro passado, saindo do país praticamente às escondidas e voltando para os Estados Unidos, via Paraguai, sem passar pelo Departamento de Imigração do vizinho país.
Olavo defendeu o terraplanismo e um revisionismo histórico que dizia ser o nazismo, um movimento de esquerda; que jamais houve golpe e ditadura militar no Brasil; além de ‘denunciar’ uma onda de ‘marxismo cultural’ nas escolas brasileiras, dentre outros.
Também foi quem indicou a nomeação de Ricardo Vélez Rodríguez, professor colombiano naturalizado brasileiro, para ser o Ministro da Educação no início do governo Jair Bolsonaro, notoriamente de curta e desastrosa gestão à frente da Pasta.
Ironicamente, teria sido vitimado pela covid-19 – cuja pandemia negou existir, além de ser crítico ferrenho da vacinação contra o coronavírus – de acordo com declaração de sua filha Heloísa de Carvalho, com quem estava brigado há muito tempo.
Da Redação com G1

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