MT e MG registram casos atípicos do “mal da vaca louca”

(Allan Hopps/Getty Images)

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Em nota de esclarecimento divulgada ontem (4), a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou a ocorrência de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença conhecida como o “mal da vaca louca”, em animais que estavam em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG).
Sem riscos
No esclarecimento, é citado que os casos atípicos da doença ocorreram de maneira espontânea e esporádica e não estão relacionados à ingestão de alimentos contaminados. O MAPA informa que todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas, antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá, concluindo que não há risco para a saúde humana e animal.
Os dois casos, seriam são o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica.
OIE e China
O Mapa também informa que, após a confirmação, ocorrida na sexta-feira, 3, no Canadá, o Brasil notificou oficialmente a OIE, conforme preveem as normas internacionais.
No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina (veja ofício abaixo). A medida, que passa a valer a partir deste sábado, se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
O texto da nota esclarece ainda que a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Assim, o Brasil “mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”, informa o ministério.
Acrimat
“Os casos atípicos têm um risco sanitário insignificante. É uma forma degenerativa [da doença], de animal velho mesmo”, disse o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior. “A gente espera que em questão de semanas o mercado já deva estar liberado”.
Para o diretor técnico da entidade, Francisco Manzi, o episódio demonstrou a experiência da vigilância sanitária do Ministério da Agricultura, que teria identificado rapidamente a doença, que poderia ter colocado em risco o rebanho brasileiro e a qualidade da carne obtida no país. Segundo ele, suspender imediatamente as exportações, até que as nações compradoras possam dar aval ao processo executado pelo Mapa, é uma prova de transparência do país.
“Assim como os outros casos [da doença] ocorridos, em breve [espero que] a nossa carne possa voltar a fazer parte da mesa dos consumidores mais exigentes em qualidade e sanidade do mundo”, afirmou Manzi.
Da Redação com Canal Rural

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