“Não tenho como não pensar, que não mandaram matar meu pai”, disse filho de Teori

Francisco: "Não tem, como não pensar" (Reprodução/ RBS TV)

Francisco: “Não tem, como não pensar”
(Reprodução/ RBS TV)

Em um post publicado no Facebook ontem, mas apagado logo depois, o filho do ex-ministro do Superior Tribunal Federal, Teori Zavascki, Francisco Prehn Zavascki, acusava o PMDB de tentar barrar a Operação Lava-Jato a qualquer custo.
“Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião, também está valendo?”, postou.
Aflito
Francisco afirma que Teori – morto num acidente aéreo em Parati (RJ), em 19 de janeiro de 2017 – sabia o quanto cada um estava afundado no mar de corrupção e não era por acaso que o pai estava aflito com o ano de 2017. “Aflito, ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo, até o fim!”, escreveu.
Gente cínica
No texto, Francisco também lembrou o dia do velório do pai, quando Michel Temer viajou até Porto Alegre acompanhado, entre outros, do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do senador José Serra (PSDB-SP).
“Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o ‘cortejo dos delatados’”.
Francisco pediu desculpas pelo desabafo e concluiu dizendo: “Não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”.
Leia abaixo a transcrição na íntegra do post:
“O PMDB está no poder desde sempre e, como todos sabemos, estava com o PT aproveitando tudo de bom que o Governo pode dar… até que veio a Lava jato.
A ordem sempre foi a de parar a Operação (isto está gravado nas palavras dos seus líderes). Todavia, ao que parece, até para isso o PT era incompetente e, ao que tenho notícia, de fato, o PT nunca tentou nada para barrar a Lava Jato (ao menos o pai sempre me disse que nunca tinham tentando nada), o que sempre gerou fortes críticas de membros do PMDB.
O problema é que as investigações começaram a ficar mais e mais perto e os líderes do PMDB viram como única saída, realmente, brecar a Operação a qualquer custo. Para isso, precisava do poder. Derrubaram a Dilma e assumiu o Temer. Do que eles são capazes? Será que só pagar pelo silêncio alheio? Ou será que derrubar avião também está valendo?
O pai sabia de tudo isso. Sabia quanto cada um estava afundando nesse mar de corrupção. Não é por acaso que o pai estava tão afilho [sic] com o ano de 2017.
Aflito ao ponto de me confidenciar que havia consultado informalmente as Forças Armadas e que tinha obtido a resposta de que iriam sustentar o Supremo até o fim!
Que gente sínica [sic]. Não tem coisa que me embrulha mais o estômago do que lembrar que, no dia do velório do meu pai, diante de tanta dor, ainda tive que cumprimentar os membros daquele que foi apelidado naquele mesmo dia de o “cortejo dos delatados”.
Impeachment já!
Desculpem o desabafo, mas não tenho como não pensar que não mandaram matar o meu pai!”.
Em que pé estão as investigações do Cenipa, sobre o avião “acidentado”?
Com Rádio Gaúcha

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