Nem tudo serão flores
Faltando um ano ainda para as eleições municipais, as articulações visando a Prefeitura de Rondonópolis já se processam e pelo “andar da carruagem”, a disputa será acirrada entre o grupo de oposição (formado, basicamente, por partidos de direita ou a ela perfilados) e o atual prefeito, Zé Carlos do Pátio (SD), que não abre mão de concorrer à reeleição.
Desde o mês passado, o grupo composto pelo DEM, PSB, MDB, Podemos, PSL, PRB, PROS, PSDB e o PSD mantém reuniões visando definir nomes que irão enfrentar Zé Carlos, entre eles os dos vereadores Thiago Muniz e Rodrigo da Zaeli; o do empresário Luiz Homem de Carvalho, o Luizão; o do ex-prefeito e ex-deputado federal Adilton Sachetti; e do ex-vereador Ibrahim Zaher (PSB), se cogitando remotamente também os do ex-senador e deputado federal José Medeiros (um dos vice-líderes do governo Jair Bolsonaro na Câmara Federal) e dos deputados estaduais Thiago Silva, Nininho e Delegado Claudinei, que não acreditamos que irão deixar seus mandatos, para enfrentar a campanha municipal.
A outra banda
Paralelamente, Zé Carlos vem mantendo contatos com os partidos considerados de esquerda, sobretudo com o PT, que poderá, conforme os entendimentos vir a desistir de candidatura própria – possibilidade esta, anunciada anteriormente – para compor dobradinha com ele, nas eleições municipais do ano que vem.
Quanto a uma composição do PDT de Percival Santos Muniz, ele próprio recentemente em comentário reservado que o blog teve acesso, disse que não apoia o projeto do grupo da direita, mesmo tendo sido cabo eleitoral do governador Mauro Mendes em Rondonópolis e seu primo, Thiago Muniz estar entre os nomes do grupo opositor, bem como por seus desafetos políticos Sachetti e Medeiros fazerem parte dele.
Igualmente, o apoio de Percival não é bem vindo junto ao grupo de esquerda que vem sendo delineado, por motivos óbvios e sobretudo, pelas “capivaras” a que responde por improbidade administrativa.
Trocando em miúdos, o apoio de Percival mais atrapalharia do que ajudaria, a ambas as frentes de disputa.
Há de se colocar ainda, que o grupo de oposição a Zé Carlos tem em sua maioria, partidos que através de seus parlamentares Sachetti, Medeiros e Bezerra, tem votado a favor das medidas do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que são altamente prejudiciais aos trabalhadores brasileiros, com destaque para as reformas Trabalhista e da Previdência.
Por fim, pela decisão de sair à reeleição, Zé Carlos do Pátio tem recebido frequentes e já esperadas “pauladas” de componentes do grupo opositor que se dispõem a enfrentá-lo nas urnas, que o acusam de estar usando o cargo para se promover politicamente pelo lançamento e execução de obras que Rondonópolis já mereceria estar usufruindo, como se não fossem de responsabilidade de um gestor municipal fazê-las.
No geral, o grupo de oposição, mesmo tendo nomes de destaque e alguns também com “capivaras” -, sabe perfeitamente, que além de Zé Carlos, terá que fazer um esforço hercúleo para convencer o eleitorado de que sua chapa majoritária será a melhor para a cidade, quando o governo federal a que se perfila está, praticamente, acabando com o país; fato este, que poderá ser mortal em suas ambições de sair vencedor na disputa ao Palácio da Cidadania.