Número de envolvidos em fraudes da FAESPE “é muito maior”, diz Gaeco

Sede da Faespe, em Cáceres (Joner Campos)

Sede da Faespe, em Cáceres (Joner Campos)

O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, mesmo já tendo denunciado 22 pessoas à Justiça, na primeira fase da Operação Convescote – deflagrada no dia 20 do mês passado -, que participavam de uma organização criminosa, através de empresas de fachada, em convênios firmados pela Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (FAESPE) com órgãos públicos do Estado, como a Assembleia Legislativa (AL) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), deverá deflagar outra fase da operação, em razão do número de suspeitos ser “exponencialmente maior”.
As empresas forneciam notas fiscais superfaturadas, que por sua vez eram cobradas pela FAESPE junto a instituições públicas de Mato Grosso, com as quais a fundação tinha firmado convênios de fachada e perpetrava crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.
Convênios fraudulentos também foram firmados pela FAESPE com prefeituras de Mato Grosso, beneficiando servidores que recebiam a “fatia” maior dos recursos provenientes das fraudes.
A informação sobre o número de envolvidos nas maracutaias ser bem maior do que o apurado até agora, consta da denúncia oferecida no dia 05 deste mês, pelo Gaeco à Justiça, que frisa também que os cofres públicos sofreram danos ainda desconhecidos.
Ainda na denúncia da primeira fase da operação – cujas fraudes começaram com convênios de R$ 3 milhões, chegando a R$ 100 milhões, conforme noticiado pela imprensa cuiabana – o Gaeco aponta que as fraudes ocorreram de 2015 a 2017, nas duas instituições públicas.
Os mandados cumpridos no dia 20 de junho, foram determinados pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, que – ao que tudo indica – deverá determinar o cumprimento de outros mais, em outras fases da Operação Convescote, uma vez que o Gaeco cita que o esquema é bem maior do que se imagina, podendo atingir prefeituras mato-grossenses, que participaram do esquema, cujas investigações estão em curso.
Os que se consideram blindados e inatingíveis, a ponto de através de redes sociais acusar órgãos de imprensa de criminosos, certamente podem aguardar que, pelo “andar da carruagem”, serão os próximos a receber “visitas” do Gaeco.
O que não irá surpreender nem um pouco, o Blog Estela Boranga comenta.

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