O esgoto está transbordando!

Brasil 247

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Cinco suspeitos de envolvimento nos assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março do ano passado, no Centro do Rio de Janeiro, foram presos na manhã de hoje na Operação “Os Intocáveis”, deflagrada em conjunto pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil.
A ação está cumprindo 13 mandados de prisão preventiva, além de busca e apreensão, contra a milícia mais antiga e perigosa do Estado, que atua em Rio das Pedras, Muzema e redondezas, e cujos alvos principais são o major PM Ronald Paulo Alves Pereira; o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Adriano Magalhães da Nóbrega – que recebeu a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria do Legislativo fluminense e é apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras (onde o “laranja” Fabrício Queiroz, chegou a se esconder); e o subtenente reformado da PM Maurício Silva da Costa, o Maurição.
Homenagens
Ronald Paulo Alves Pereira e Adriano Magalhães da Nóbrega foram homenageados em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), por indicação do então deputado estadual Flávio Bolsonaro – filho de Jair Bolsonaro, o único presidenciável que não condenou o assassinato de Marielle e Anderson. Ronald, ganhou a moção honrosa quando já era investigado como um dos autores de uma chacina de cinco jovens na antiga boate Via Show, em 2003, na Baixada Fluminense.
Segundo ainda a reportagem dos jornalistas Chico Otávio, Vera Araújo, Arthur Leal, Gustavo Goulart, Rafael Soares e Pedro Zuazo, do jornal O Globo, Ronald e Adriano são suspeitos de integrarem a cúpula do Escritório do Crime – um grupo de extermínio, que estaria envolvido nos assassinatos de Marielle e Anderson -, além de citar, que Flavio Bolsonaro sempre teve ligação estreita com policiais militares.
Mais um motivo para se entender o por quê da “demora” na elucidação dos dois assassinatos, que – com certeza – também poderia ter mudado os rumos e o resultado da eleição presidencial.
Vale lembrar, que em agosto de 2003, durante um discurso na Câmara dos Deputados, Jair Bolsonaro parabenizou a ação de grupos de extermínio que dominavam o estado da Bahia  e pedia para que grupos semelhantes, fossem criados no Rio de Janeiro.
Da Redação com informações do jornal O Globo

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