O golpe se repete

A nota política do jornal A Tribuna de hoje, dando conta da destituição do Diretório Municipal do PDT, que era presidido por Doralice Silva Rodrigues, me fez recuar no tempo e lembrar de fato semelhante que aconteceu às vésperas das eleições municipais de 1996.
Àquela época, o então líder dos sem-terra Jerônimo Gomes era o presidente e eu secretária-geral do diretório municipal do partido fundado por Leonel Brizola (mas descaracterizado depois do programa social que trazia em seu bojo, por terceiros que se “adonaram” da sigla e que nada tinham de socialistas e muito menos de democráticos) e por nos posicionarmos contra uma composição com o MDB para apoiar a candidatura do ex-prefeito Dr. Alberto Carvalho (que veio a renunciar do cargo, diante do escândalo da “semanada” – uma armadilha muito bem preparada por pessoas, “mui amigas”, que não vem ao caso abordar agora), tivemos o diretório destituído por determinação do presidente regional à época, Antero Paes de Barros.
A destituição teve participação direta de Rogério Salles, que era o prefeito de Rondonópolis de então e que era filiado ao MDB, que solicitou a interferência de Carlos Bezerra (o todo-poderoso), junto a Antero.
Como se vê, Doralice e o diretório destituído do PDT passam hoje pelo que passamos eu e Jerônimo em 1996, que não aceitamos a ingerência dos “coronéis” do MDB no partido que dirigíamos, os quais queriam nos fazer engolir “goela abaixo” o que eles achavam melhor, para eles.
Apesar do passar dos anos, o “modus operandi” se repete, porém com a participação de outros “coronéis”, como Percival Santos Muniz, por exemplo, que das “sombras” do ostracismo político em que se encontra junto com uma meia dúzia de “gatos pingados”, “mexe os pauzinhos” a seu bel-prazer.
Aliás, Percival já havia passado pelo PDT no final dos anos 90, muito que ligeiramente, mas como havia encontrado resistência a seu plano de “tomar” o partido na época, deu continuidade a sua trajetória de pular de galho em galho, trocando de partido como se troca de camisa.
Só lamento pelo vereador professor Sidinei, que está de “testa de ferro” nessa história toda!

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