Ocupação de leitos de UTIs sinaliza para decretação de lockdown
Lockdown poderá ser decretado
Se depender da afirmação do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) feita em entrevista coletiva recente, Rondonópolis está na iminência de entrar em lockdown.
O chefe do Poder Executivo teria afirmado que caso o índice de ocupação de leitos de UTI atingisse 80% da capacidade, o bloqueio geral teria que ser decretado.
Pois bem, de acordo com o Boletim Epidemiológico oficial de hoje (8), 25 dos 31 leitos de UTI das redes pública e privada – exclusivos para casos confirmados do Covid-19 – estão ocupados, representando um índice geral de 80.6% de ocupação.
Redes
Enquanto a rede pública (UPA e Hospital Regional Irmã Elza Giovanella) está com 17 dos 20 leitos ocupados, a rede privada (Hospital Geral Materclin, Hospital Unimed) e a Santa Casa (filantrópico) estão com 8 dos 11 leitos de UTI ocupados.
Pelo informe ainda, se percebe que a contaminação diária está sendo de 20 pessoas e ainda não atingimos o “pico” de contágio, que de acordo com a matéria da UFMT veiculada pelo blog, também na edição de hoje (leia, aqui), está previsto para acontecer, ainda, a partir de 3 de setembro.
Lockdown
O termo inglês designa, no caso da pandemia de Covid-19, bloqueio total de um perímetro urbano, como o nível mais alto de segurança do isolamento social, que pode ser necessário em situação de grave ameaça ao sistema de saúde, tendo por finalidade evitar que o total de infectados aumente muito rápido e cause sobrecarga nos hospitais.
Seria maus um erro, depois de tantos. A OMS acabou de divulgar que assintomáticos tem uma taxa de transmissão baixíssima. Os procedimentos que estão mostrando melhores resultados são protocolos ambulatoriais, sem necessidade de UTI’s. Algumas cidade no nordeste estão com as UTIs vazias, devido à mudanças destes protocolos. E agora com esta declaração da OMS, o fechamento e o tal isolamento social parece não fazer muito sentido. O que deve haver é um monitoramento e isolamento das pessoas dos grupos de risco.