Operação desarticula esquema de lavagem de capitais em MT; entre os presos, está um advogado de Cuiabá

Entre as apreensões estão 45 veículos de luxo (PJCMT)

Entre as apreensões estão 45 veículos de luxo
(PJCMT)

Os alvos são investigados pela GCCO por organização criminosa, lavagem de capitais e tráfico de drogas
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã de hoje, a Operação Apito Final para desarticular um esquema de lavagem de capitais criado por integrantes de uma organização criminosa, em Cuiabá. Estão sendo cumpridos 25 mandados de prisão e 29 de buscas e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados.
Os mandados judiciais foram deferidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital e são cumpridos nas cidades de Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos (MT) e Maceió (AL).
A investigação da GCCO, realizada ao longo de dois anos, apontou que o alvo principal, posto recentemente em liberdade, utilizava diversas pessoas – entre amigos, familiares e advogados que atuam como ‘laranjas’ – para adquirir imóveis, comprar e vender de carros e atuar na locação de veículos com o dinheiro das práticas criminosas.
Facção criminosa
O esquema criminoso investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) faz parte do planejamento operacional da Polícia Civil na identificação e descapitalização do patrimônio adquirido por integrantes de uma facção criminosa com atuação em Mato Grosso.
Participam da operação, 150 policiais civis de delegacias da Diretoria de Atividades Especiais e da Diretoria Metropolitana, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro e Divisão de Inteligência e Planejamento Policial de Sergipe.
Movimentação de R$ 65 milhões
Com foco em uma investigação qualificada, que reuniu centenas de elementos informativos, relatórios e imagens, a GCCO revelou um grande esquema de lavagem de dinheiro que chegou a movimentar R$ 65.933.338,00 milhões no período apurado.
A investigação teve início após a unidade especializada apurar que o principal alvo da operação e responsável pelo tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis, depois que deixou a prisão na capital, se tornou tesoureiro da facção criminosa. Liderando o grupo, ele adquiriu inúmeros bens imóveis e veículos com valores adquiridos com as práticas criminosas. O dinheiro era movimentado em contas bancárias e, posteriormente, convertido em ativos lícitos para dissimular e ocultar a origem ilícita dos valores.
Além da vultosa movimentação bancária, a investigação da Polícia Civil identificou a aquisição de inúmeros terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na capital, todos adquiridos em nome de “testas de ferro”, mas diretamente vinculados com o alvo principal da investigação. Também foram descobertas as aquisições de veículos com a utilização de garagens na compra e venda, como forma de dissimular a posse e propriedade dos automóveis.
Prisões em Maceió
Quatro alvos da Operação Apito Final foram presos na capital do estado de Alagoas, entre eles, o líder da associação criminosa. Paulo Witer Farias Paelo, Alex Júnior Santos de Alencar, Andrew Nickolas Marques dos Santos e Tayrone Junior Fernandes de Souza foram detidos na sexta-feira (29), quando participavam de um jogo de futebol na cidade de Maceió.
Um quinto alvo da operação, advogado e integrante da organização criminosa, que foi a Alagoas para dar assistência jurídica a seu cliente, também foi preso nesta terça-feira, em Maceió.
As prisões em Alagoas foram cumpridas com apoio da Diretoria de Inteligência e DRACCO, por meio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil em Maceió, e Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública de Mato Grosso (Ciopaer).

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