PC prende grupo comprava armas legalizadas para roubar terras em GO e MT

Membros da milícia privada (Reprodução/PCGO))

Membros da milícia privada
(Reprodução/PCGO)

Um grupo comprava armas de fogo legalizadas, para roubar propriedades em Goiás. É o que revela investigação da Polícia Civil, que deflagrou uma operação ontem (23) contra esse esquema de grilagem de terra. Seis homens foram presos e 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A polícia definiu o grupo, como uma “milícia particular”.
Segundo a delegada Débora Melo, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), dois integrantes da quadrilha possuíam registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC). Com isso, eles armavam o grupo. Mais de 10 armas foram apreendidas entre pistolas, revólveres e espingardas.
Foram presos um empresário, um agrimensor, dois garageiros e dois corretores. O agrimensor seria responsável por identificar os alvos do grupo: propriedades urbanas e rurais, com problemas cartorários e na Justiça.
“Eles forjavam documentos e chegavam no local, como se fossem donos. Os donos legítimos, eram expulsos de forma violenta”, explicou a delegada ao Metrópoles. Foram identificadas propriedades invadidas nos municípios goianos de Inaciolândia, Formosa, Aparecida de Goiânia, Itumbiara e até em cidades de Mato Grosso.
Violência e expansão
Para conseguir invadir as propriedades, os criminosos teriam usado armas legalizadas. No entanto, o registro não permitia o porte de arma, que é a autorização de andar armado. Em um dos casos, um cachorro teria sido morto com um tiro como forma de ameaça para que os donos legítimos deixassem o local.
As propriedades invadidas eram então vendidas e com o dinheiro arrecadado os criminosos teriam começado a investir em outras áreas, como venda de veículos. Há suspeita de compra de pedras preciosas como diamantes, ouro e esmeraldas. Cerca de 2 kg de pedras semelhantes a esmeraldas foram apreendidas na operação desta terça. Uma perícia deve confirmar o valor das pedras.
O líder do grupo também chegou a adquirir uma aeronave modelo Cessna 402, avaliada em cerca de R$ 600 mil. Um dos integrantes do grupo chegou a abrir uma fábrica de produtos hospitalares descartáveis, como máscaras.
Também há indícios de que o grupo atuava no tráfico de drogas, segundo a delegada. A polícia ainda apreendeu munições, documentos com indícios de falsidade, veículos e equipamentos fabris.
Segundo a delegada ainda, o prejuízo das vítimas identificadas até o momento é de cerca de R$ 20 milhões. Apenas uma das vítimas, teve prejuízo de mais de R$ 5 milhões.
Fonte: Metrópoles

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