(Assessoria)

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O ano é 2050, mas poderia ser antes ou depois. A luta por igualdade de oportunidades entre homens e mulheres chegou ao ponto em que grandes avanços foram feitos e cabe a cada gênero, escolher o que quer fazer e ser aceito e remunerado nas mesmas condições. Esse ensaio utópico, que não surgiu de fontes elaboradas ou estudos científicos, só tem um objetivo: mostrar o quanto estamos longe do significado da data de 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Nascido de um movimento exposto ao mundo após o incêndio que atingiu a fábrica de roupas Triangle Shirtwaist, em Nova York, no dia 25 de Março de 1911,  no qual 123 mulheres perderam suas vidas pela medida arbitrária de trancarem as portas da fábrica durante as jornadas de 16 horas diárias ou mais, em condições insalubres e com baixíssima remuneração, foi o primeiro ato organizado que lutou por melhores condições laborais femininas. Um século depois ainda temos a realidade de mulheres, mesmo ocupando os mesmos cargos e realizando tarefas iguais as dos homens, chegam a ganhar até 34% menos que eles.
De volta à atualidade, cabe ao parlamentar olhar todo o contexto histórico e social em busca de medidas que visem mitigar os danos do passado em busca de um futuro mais igualitário e justo. Sim, lembrando de um artigo recente que escrevi, Justiça Social passa por essa equalização de oportunidades, promoção de nichos que estão em desvantagem perante outros e, acima de tudo, buscar uma vida melhor para todos, independentemente de gênero. Ano passado, por meio de emenda parlamentar que destinei, foi realizado em sete municípios de Mato Grosso o programa Pelas Mãos Delas. Mais de setecentas mulheres entraram numa verdadeira imersão de qualificação profissional com a esperança de um novo horizonte diante delas. Muitas vezes, tudo que uma família precisa para sair da situação de pobreza extrema é de uma mão amiga e uma oportunidade de se levantar através do próprio esforço, tendo as ferramentas para construir seu sustento. Acredito verdadeiramente nisso.
Vivemos um momento ímpar em Mato Grosso, contas em dia, investimentos em infraestrutura crescendo muito e, em decorrência, muitas obras e postos de trabalhos sendo criados. Contudo, a oferta para o preenchimento dessas vagas não está acompanhando o mesmo ritmo pujante da modernização do Estado. De toda crise sempre surgem oportunidades e, agora, é a hora delas, sim, das mulheres. Estamos preparando a indicação de um programa de formação destinado à qualificação e formação técnica e funcional em diversas áreas. A ideia é mapear as especialidades, regiões e necessidades de formação, trabalhar fortemente para que as mato-grossenses façam parte desse desenvolvimento e colham os frutos financeiros proporcionados pelo trabalho digno. Quando digo que tudo passa pelo social, estou me referindo às diversas formas e estratégias de fazer o que mais importa: melhorar a qualidade de vida das pessoas.
* Max Russi – deputado estadual e primeiro-secretário da ALMT

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