Planalto articula barrar denúncia de Janot contra Temer

Bondade para com os corruptos (Foto: O Cafezinho)

Usando de todas as armas, para se manter no cargo
(Foto: O Cafezinho)

Os apoiadores de Michel Temer estão só esperando a conclusão hoje, do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e esperando a absolvição do golpista, já projetam investir na arrumação de sua base política, na tentativa de barrar no Congresso a já esperada denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que dentre os pontos, acusa Temer de ser o chefe de uma organização criminosa – por corrupção e também por obstrução judicial.
A “tropa de choque” de Temer no Congresso, também já deu início à preparação de um dossiê contra o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, relator da Operação Lava Jato.
Temer pode ter cometido novos crimes de responsabilidade, ao colocar toda a máquina do estado para agir em seu benefício pessoal.
Estratégia oportunista
Segundo o Estadão, convencido de que Janot o acusará perante o Supremo Tribunal Federal (STF), Temer montou uma estratégia para dar aos deputados e senadores o que eles quiserem – de cargos à liberação de emendas – e avalia até mudanças ministeriais.
Se Janot denunciar Temer – tomando como base delações do empresário Joesley Batista, dono da JBS –, o Supremo terá de obter autorização da Câmara dos Deputados para abrir ação penal contra ele. Para impedir a investigação, Temer precisará de pelo menos 172 dos 513 deputados.
O Palácio do Planalto se preocupa não apenas com a possível saída do PSDB, mas também com o “efeito dominó” de outros partidos, que isso possa causar e para tanto, Temer articula uma operação “segura base”, intensificando contatos com aliados. Nesses encontros, o peemedebista tem dado explicações sobre as denúncias e diz ter caído em uma “armadilha” de Joesley, tem reforça pedido de apoio e assegurado que provará sua inocência.
Bônus e ônus
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que o Planalto espera “reciprocidade” dos aliados, sob o argumento de que a política é feita não apenas de bônus, mas também de ônus. “Será difícil apoiar o PSDB nas eleições de 2018, se o partido deixar a base do governo”, disse ele.
A declaração contrariou os tucanos. “Jucá deveria ficar preocupado com ele, e não com os outros. Quem decide pelo PSDB é o PSDB”, reagiu o líder do partido na Câmara, Ricardo Tripoli (SP). O partido controla, atualmente, quatro dos 28 ministérios. O presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), afirmou que a legenda “não precisa de cargo e ministério, para aprovar as reformas da Previdência e trabalhista”.
É vergonhoso este estado de coisas, em que corruptos usam dos cargos que ocupam para barganhar apoio e a continuidade no Poder.
Com Estadão (Isabela Bonfim)

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