Polícia Civil deflagra Operação Red Money

Operação visa o crime organizado (Divulgação/PC)

Operação visa o crime organizado
(Divulgação/PC)

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou nas primeiras horas da manhã hoje (8) a Operação Red Money, com o objetivo de apreender patrimônio e descapitalizar uma facção criminosa, cujas lideranças encontram-se presas na Penitenciária Central do Estado (PCE). De acordo com os investigadores, o grupo desenvolveu um sistema interno de arrecadação e movimentação financeira, bem como de lavagem de dinheiro, a partir de empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e de parentes de presos.
O sistema de arrecadação financeira funciona, segundo a Polícia Civil, sob “formato de pirâmide”, tendo em seu topo o núcleo de liderança e, na base, dezenas de contas bancárias com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro e, gradativamente, repassam às contas maiores.
As três fontes principais de recursos da facção, eram: mensalidade paga pelos integrantes chamadas de ‘camisa’, cadastramento e mensalidades pagas por traficantes ou por ponto de venda de droga, conhecidas por ‘biqueiras’, e cobrança de ‘taxa de segurança’ (extorsão) dos comerciantes.
Ordens judiciais
Para cumprir mais de 230 ordens judiciais – entre elas 94 mandados de prisão – contra os membros da facção foram mobilizados 520 policiais, sendo 98 delegados, 350 investigadores e 102 escrivães. Estão sendo procurados 51 suspeitos na região metropolitana e 11 no interior do estado (Rondonópolis, Sinop, Nova Olímpia, Sorriso, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte e Poconé).
Paralelamente, também estão sendo cumpridos 59 mandados de busca e apreensão domiciliar, 80 ordens judiciais de bloqueios de contas correntes, além de sequestro de bens (veículos, joias, imóveis) e valores.
Segundo os investigadores, outros alvos terão os mandados cumpridos fora de Mato Grosso – no Pará. Um deles cumpre pena no Presídio de Tucuruí. O outro estaria na cidade de Jacundá. Há ainda um suspeito sendo procurado em Campo Grande (MS).
Iniciada há 15 meses, a operação descobriu três fontes principais de recursos – a primeira, uma mensalidade paga pelos integrantes do grupo; a segunda, por meio do cadastramento e de mensalidades pagas por traficantes ou pontos de venda de droga; e a terceira, por meio da ccobrança de “taxa de segurança” de estabelecimentos comerciais, o que, segundo a Polícia Civil, configura crime de extorsão.
Com Agência Brasil

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