População estranhou renúncia de juiz eleitoral
No dia 06 último, o magistrado Wladymir Perri encaminhou o ofício 002/2016 à Presidência do TRE-MT, no qual solicitou a revogação do ato que o nomeou como juiz eleitoral titular da 45ª Zona Eleitoral de Rondonópolis.
No ofício, o juiz justificou que a renúncia ao cargo de juiz eleitoral se devia ao acúmulo de serviços, visto que, na condição de magistrado da Justiça Estadual, passou novamente a jurisdicionar praticamente em todas as Varas criminais da Comarca, o que poderia comprometer o pleito eleitoral.
Diante da renúncia do juiz Wladymir Perri, a presidência do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso publicou, no Diário Eletrônico do dia 6 de setembro, a portaria 398/2016, que indicou a magistrada Cláudia Beatriz Schmidt substituí-lo na 45ª Zona Eleitoral de Rondonópolis.
Que o magistrado tenha colocado seus motivos, até entende-se como um direito inalienável, seu.
No entanto, o que se estranha entre a população é que o juiz Wladymir Perri – que vinha fazendo um excelente trabalho na Justiça Eleitoral – tenha solicitado sua renúncia ao cargo, após três dias antes ter indeferido a chapa inteira de candidatos a vereador do Partido Progressista (PP), cujo partido tem como ícone maior em Mato Grosso, o senador e atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
De acordo com o relato do juiz Wladymir Perri, o motivo do indeferimento das 17 candidaturas foi porque o PP não havia atendido com as disposições estatutárias do próprio partido, que não teve quórum suficiente em sua convenção para escolha dos candidatos, coligações, número de urna, dentre outros. O PP, por seu lado, está recorrendo da decisão de Perry, junto ao TRE MT.