Programa REM MT apoia meta de carbono zero no Estado até 2035
A secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, destacou que o Programa REM Mato Grosso atua de forma estratégica para que o Estado realize as 12 ações que vão garantir que Mato Grosso alcance a meta de zerar as emissões de carbono até o ano de 2035.
As ações foram lançadas em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (25/10), durante evento no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. A notícia, entretanto, também deverá ser anunciada oficialmente pelo governador Mauro Mendes, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), que será realizada na cidade de Glasgow, na Escócia, entre os dias 1 e 12 de novembro.
“Na parte de comando e controle, o Programa tem ajudado com ações de combate aos incêndios e desmatamento ilegal. Já no setor produtivo, REM MT subsidia projetos para fomentar práticas sustentáveis e de bioeconomia junto a agricultores familiares, povos tradicionais, pecuaristas e comunidades indígenas”, ressalta a gestora, que vai acompanhar o governador na COP26.
A importância estratégica do REM MT para alcançar o carbono zero até 2035 também foi ressaltada pelo secretário adjunto da Sema, Alex Marega. De acordo com Marega, a terceira fase do plano de combate aos incêndios florestais e desmatamento do Governo do Estado deste ano foi praticamente custeada com recursos do Programa.
“Foram ações que envolveram pagamento de diárias aos fiscais da Sema que estão em campo no combate aos ilícitos ambientais. Houve também locação de veículos. O pagamento de serviço para remoção de maquinários utilizados em crimes ambientais, como tratores e pá carregadeiras. Além da aquisição de um moderno sistema de monitoramento via satélites que possibilita que a Sema monitore em tempo real toda a cobertura vegetal de Mato Grosso, envolvendo os três biomas [Amazônia, Cerrado e Pantanal”, elenca Marega. A META
O programa Carbono Neutro MT propõe a neutralização de emissões de gases de efeito estufa (gee) por meio de 12 medidas ambientais, são elas: a manutenção do ativo florestal do estado, o manejo florestal sustentável, a regularização fundiária, melhorias na gestão de áreas protegidas, reflorestamentos comerciais, restauração de florestas, redução do risco de incêndios, manejo sustentável para a produção agropecuária, proteção de vegetação secundária em áreas de desmatamento legal, recuperação de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta e produção e consumo de biocombustíveis.
Com a ação, o Estado dá um importante passo para colaborar com as metas globais de redução do efeito estufa, aderindo à Coalizão Under2 e à campanha “Race to Zero”, criada pelas Nações Unidas. Na campanha, os países signatários do tratado – entre eles o Brasil – se comprometeram a zerar as emissões até 2050. Com o programa Carbono Neutro, Mato Grosso pretende antecipar essa meta em pelo menos 15 anos.
Para ser concretizado, o Carbono Neutro conta com apoio de várias entidades da sociedade civil organizada, do setor produtivo, de empresas do agronegócio, como a AMAGGI e a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), e de organizações voltadas para a proteção do meio ambiente, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
Sobre o REM
O Programa REM MT [Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal, do inglês, REDD para Pioneiros] é uma premiação dos governos da Alemanha e do Reino Unido, por meio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW) e do BEIS, ao Estado de Mato Grosso pelos resultados na redução do desmatamento nos últimos anos (2004-2014).
A iniciativa beneficia aqueles que contribuem com ações de conservação da floresta, como os agricultores familiares, as comunidades tradicionais e os povos indígenas, bem como fomenta iniciativas que estimulam a agricultura de baixo carbono e a redução do desmatamento, a fim de reduzir as emissões de CO2 no planeta.
O Programa REM MT é coordenado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), e tem como gestor financeiro o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).