Quando começarem a ser despejados, poderá ser tarde demais!

(G1 Globo)

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A complacência do povo brasileiro em ver e sentir o que está sendo feito por Michel Temer, mas nada fazer para mudar o rumo das coisas, poderá vir a atingir a todos, dentro de pouco tempo, principalmente aqueles que estão na base da pirâmide social.
Oportuno o artigo do deputado federal pelo PT e professor licenciado do departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Enio Verri, publicado ontem no site Brasil 247, sob o título “ Quem encobre as mentiras dos golpistas?”, com destaque para o trecho em que aponta o retorno ao empobrecimento da maioria e do enriquecimento da minoria, com conquistas de décadas, se esvaindo nas mãos do governo golpista de Michel Temer.
O parlamentar petista mostra que, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 57,6% das famílias brasileiras estão endividadas. Destas, 24,2% estão em atraso e cerca de 10% sabem que não pagarão as contas atrasadas.
Programa Minha Casa Minha Vida
Diz Verri, que a inadimplência na faixa 1 do Programa Minha Casa Minha Vida, para famílias com renda per capita mensal de R$ 1,8 mil, está em 35,2%. De acordo com a MP 759, de Temer, a partir de agora, as mais de 280 mil famílias nessa situação podem perder seu único bem, em 90 dias, caso não sejam quitadas as parcelas.
“Em breve, veremos centenas de milhares de imóveis de um programa social serem apropriados por parcela da classe média, por meio de leilão público. Ou seja, é a desconstrução do mais importante programa de inclusão habitacional da história deste País. Um desgoverno não é apenas golpista e incompetente, mas cruel e desumano”, frisa o deputado, concluindo que esse desgoverno, “de um lado, penaliza população mais pobre e, do outro, agrada os empresários com a edição do Programa de Regularização Tributária (PRT), o novo Refis, pelo qual as dívidas serão parceladas em até 180 vezes e com um desconto cuja renúncia fiscal custará R$ 6 bilhões, nos próximos três anos. Esse novo Refis foi aprovado por parlamentares, que devem R$ 3 bilhões aos cofres públicos”.
Não duvidem de que possa acontecer isso mesmo.
Do jeito com que as coisas estão se processando, o regime democrático, que a duras penas foi consolidado, falta bem pouco para descambar, novamente, para um regime civil de exceção, que vem a ser uma situação oposta ao Estado de direito, se caracterizando pela suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais, que aproxima um Estado sob regime democrático, do autoritarismo.

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