RondonFolia: CPI pode ser artifício para desviar atenção sobre caso FAESPE

A pressão do vereador Fábio Cardozo (PPS), para que a Câmara Municipal de Rondonópois crie uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para se investigar o imbróglio do RondonFolia 2017, pode, antes de se propor a levantar supostas irregularidades, ser um artifício dos vereadores de oposição à gestão do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD), principalmente os ligados ao ex-prefeito Percival dos Santos Muniz (PPS), para que o escândalo dos convênios com a FAESPE, seja minimizado junto à opinião pública.
Ontem, o “tempo ferveu” na sessão ordinária do Poder Legislativo, com Fábio Cardozo se posicionando, irredutivelmente, para que tal CPI seja criada o quanto antes.
O Blog Estela Boranga comenta concorda com o vereador – com o qual mantem bom relacionamento-, na intenção de se investigar o evento carnavalesco, o qual ele (o blog) já tinha avisado que poderia acabar em confusão, dada a participação de pessoas “conhecidíssimas” na comissão organizadora e de outros ligados a Percival, que até candidatos a vereador foram pela coligação do ex-prefeito, nas eleições municipais do ano passado.
A oposição à atual administração municipal, que inicialmente contava com 11 veradores, hoje se resume a seis: Fábio Cardozo, Thiago Muniz e Reginaldo Santos (PPS); Subtenente Guinâncio (PSDB); Roni Magnani (PP) e Professor Sidnei (PDT, que foi secretário de Esportes e Lazer da administração passada.
E com a mudança de parte da oposição para situação, o assunto poderá não vergar de imediato, como pretende Fábio Cardozo, podendo o assunto dos convênios com a FAESPE, que geraram um rombo de quase R$ 62 milhões aos cofres públicos de Rondonópolis, ser antecedido em termos de foco principal, principalmente se as investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) já estiverem em fase final, revelando a finalidade criminosa dos convênios, a exemplo do que já aconteceu em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, no mês passado.