Rondonópolis 64 anos
Ontem, dia 10, Rondonópolis completou 64 anos de emancipação político-administrativa, com muitas homenagens oficiais, segundo agendas dos poderes Executivo e Legislativo.
Eu acompanho a vida desta cidade, como moradora e como jornalista, há 30 anos e me orgulho de fazer parte desta mescla de gente, que ao lado dos rondonopolitanos de nascimento, são rondonopolitanos de coração.
Paralelamente, me incomodo pelo município não ser valorizado à altura que merece, apesar de ser a segunda cidade em importância sócio-econômica de Mato Grosso e o segundo maior colégio eleitoral do Estado.
São daqui os três senadores da República (um deles, hoje ministro), bem como dois deputados federais e três estaduais, cuja força política, infelizmente, pouco tem sido usada para alçar o município à condição de grande metrópole.
Essa “velha senhora”, apesar de suas notórias qualidades e potencialidades, tem sido explorada e usada pelos “dignos” políticos, para alcançar objetivos eleitoreiros, que só lembram que ela existe, de 4 em 4 anos.
Rondonópolis possui ainda, apesar de estar beirando os 300 mil habitantes, perfil de cidade provinciana, com grupos se revezando nos poderes, visando manter o controle político e os interesses de cada um, se ufanando de feitos não tão assim meritórios.
Espero que haja uma reação da população nas eleições do próximo ano, e também nas demais eleições, para que sejam escolhidos aqueles que realmente sejam compromissados com seu desenvolvimento, com sua gente e em executar mudanças radicais, em termos estruturais e de modernidade, que deixem essa “velha senhora” remoçada e bela, como já deveria ter acontecido há muito tempo atrás.