Rondonópolis é, novamente, passada para trás

Audiência discutiu a urgência da sede própria (Wheverton Barros)

Audiência discutiu a urgência da sede própria
(Wheverton Barros)

O anúncio esta semana, pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) de que irá implantar um câmpus avançado em Lucas do Rio Verde, deixou a comunidade acadêmica de Rondonópolis e da Região Sul, “viradas no saci”.
Nada contra o pujante município do médio norte mato-grossense, mas sim com a própria Unemat e com o governo do Estado, em razão de que enquanto beneficiam, primeiramente, cidades de menor porte e importância sócio-econômica do que a nossa, Rondonópolis continua contando somente com um núcleo pedagógico da instituição, que funciona provisoriamente em salas de escolas estaduais, oferecendo só os cursos de Ciências da Computação, Letras e Direito, enquanto antes de se tornar avançado e com sede própria, o câmpus provisório de Lucas do Rio Verde já oferece os cursos de Engenharia Civil e de Engenharia de Alimentos.
Isso, sem contar com o câmpus regionalizado de Sinop (leia matéria do blog, aqui), que em sede própria  já ampliada, oferece cursos de graduação em Letras, Pedagogia, Geografia, Matemática, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica, Sistemas da Informação, Administração, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis, além de pós-graduação e Educação à Distância – EAD.
Implantação
O projeto do campus avançado de Lucas do Rio Verde será analisado pelo Conselho Universitário (Consuni) na primeira quinzena de agosto, já para a implantação da nova unidade em Lucas do Rio Verde, a partir do segundo semestre deste ano, segundo informou o diretor do Câmpus Regionalizado de Sinop, professor Roberto Alves de Arruda, passando a oferecer ainda, cursos de pós-graduação.
Disponibildade
O prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (SD) – que em campanha há anos atrás, já havia defendido a implantação da Unemat na cidade – não tem medidos esforços para que uma sede própria e definitiva seja construída aqui, como salientou durante a audiência pública sobre o assunto, realizada na Câmara Municipal no dia 04 deste mês, destacando que os cursos atuais da unidade de Rondonópolis vêm sendo bancados com recursos municipais e que já está sendo viabilizada uma área para a construção da sede própria. “O que não dá para aceitar, é que tudo seja deixado nas costas do município e que o governo estadual não se manifeste”, reclamou ele, na ocasião.
Representatividade política
O que não dá para entender, é que quando  se trata de interesses do município Rondonópolis sempre é relegada a segundo plano, apesar de ser a cidade do interior que mais arrecada para os cofres estaduais, paralelamente ao fato de os eleitores locais terem ajudado a eleger quatro deputados estaduais, dois federais e também um senador – que cumpre mandato de oito anos, o que constitui uma força política mais do que expressiva.

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