Rosa Neide participou da cerimônia de sanção presidencial da lei do Programa de Aquisição de Alimentos

Assinatura foi ontem no Palácio do Planlato (Ricardo Stuckert)

Assinatura foi ontem no Palácio do Planalto
(Ricardo Stuckert)

Medida retoma a política pública, que foi fundamental para o Brasil sair do Mapa da Fome, em 2014
A vice-presidenta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Professora Rosa Neide (PT) participou ontem (20), da cerimônia de sanção do Projeto de Lei 2920/2023 do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Cozinha Solidária. O evento com o presidente Lula ocorreu no Palácio do Planalto.

(Ricardo Stuckert)

Na ocasião, Rosa Neide dialogou com Lula sobre os programas que a Conab resgatou visando a prioridade do governo petista, de retirada, mais uma vez, do País do mapa da fome da ONU. A ex-deputada citou que o PAA foi criado no primeiro governo Lula, mas havia sido desmobilizado após o golpe de 2016.
“A volta do PAA é uma iniciativa fundamental ao combate à fome, ao fortalecimento da agricultura familiar e à melhoria da qualidade dos alimentos consumidos pela população”, disse Rosa Neide.
Recriado por Lula em março de 2023, o PAA teve este ano recursos de R$ 500 milhões – no ano passado, foram apenas R$ 2 milhões. Em seu discurso, o presidente destacou que essas políticas estão entre os principais investimentos do governo para o desenvolvimento econômico e social do país.
“O governo está investindo na qualidade da alimentação do povo brasileiro. Está investindo para que eles tenham direito às calorias e às proteínas necessárias, está investindo para que as crianças possam tomar café, almoçar e jantar e comer o suficiente para não morrer de fome. Está investindo para ajudar o pequeno e médio produtor rural, que muitas vezes plantam e não têm acesso a mercados para vender os seus produtos”, disse Lula.
A nova lei determina que, sempre que possível, um mínimo de 30% das compras públicas de gêneros alimentícios seja direcionado à aquisição de produtos da agricultura familiar e de suas organizações. Além disso, que 30% do valor para aquisição de alimentos do Programa Cozinha Solidária sejam destinados a pequenos agricultores.
Entre as novidades do PAA está o aumento no valor individual que pode ser comercializado pela agricultura familiar, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, nas modalidades Doação Simultânea, Formação de Estoques e Compra Direta.
O novo PAA também retoma a participação da sociedade civil na gestão, por meio do Grupo Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos (GGPAA) e do Comitê de Assessoramento do GGPAA. Além disso, institui a participação mínima de 50% de mulheres na execução do programa no conjunto de suas modalidades (antes era de 40%).
Na essência, o PAA cria múltiplas engrenagens de cidadania. Permite que, por meio de chamada pública, órgãos públicos comprem produtos de agricultores familiares oficialmente cadastrados. As compras são feitas a preços compatíveis com os praticados no mercado, o que garante retorno justo aos participantes.
O PAA dá prioridade à compra de alimentos produzidos por famílias inscritas no Cadastro Único e, em seguida, a povos indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores, negros, mulheres, juventude rural, idosos, pessoas com deficiência e famílias de pessoas com deficiência como dependentes.
Os produtos comprados são transportados para centrais de abastecimento, que fazem a triagem e a rápida distribuição. Frutas, verduras, hortaliças, leite e outros produtos chegam em seguida às mesas de creches, escolas e hospitais públicos e filantrópicos, restaurantes comunitários, instituições de longa permanência para idosos e projetos de assistência social.
A cerimonia no Palácio contou ainda com a presença do presidente da Conab, Edegar Pretto, dos demais diretores, e dos ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
Da Assessoria

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