Russi defende rastreamento e teste genético para diagnóstico precoce de câncer
Proposta do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa quer permitir a identificação precoce de doenças genéticas e hereditárias, bem como o acompanhamento e tratamento adequado para essas patologias
O deputado Max Russi (PSB) apresentou esta semana na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Substitutivo Integral ao PL 1069/2021, que visa a implantação de rastreamento e teste genético para os mato-grossenses com idade superior a 35 anos. O objetivo da proposta é permitir a identificação precoce de doenças genéticas e hereditárias, bem como o acompanhamento e tratamento adequado para essas patologias. “Precisamos aprimorar essa assistência em nosso estado por meio de uma abordagem preventiva e personalizada”, defende.
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa reforça, que a intenção da abordagem preventiva é justamente garantir um tratamento mais eficaz e específico. Ele lembra ainda que o substitutivo preconiza os dispostos previstos na Portaria nº 874, de 16 de maio de 2013 do Ministério da Saúde, que dispõe sobre as diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Esses testes genéticos são exames que permitem identificar, por meio da análise do DNA, um maior risco ou propensão a determinadas doenças. Os testes genéticos podem ser usados para diagnóstico de câncer hereditário ou do risco de desenvolver tumores. E os estudos apontam que os descendentes que herdam a mutação possuem maior risco de desenvolver tumores. Esse rastreamento, poderá salvar muitas vidas”, esclareceu.
Estimativas para 2023- De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 704 mil casos novos de câncer em todo o território nacional para cada ano do triênio 2023-2025. Através da ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, foram estimadas ocorrências para 21 tipos de câncer mais incidentes no País, dois a mais que na publicação anterior, com a inclusão dos de pâncreas e de fígado. Esses dois foram incluídos por serem problema de saúde pública em regiões brasileiras, e, também, com base nas estimativas mundiais.
O câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas está entre os 10 mais dominantes na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.
Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Já nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025.
José Marques/Assessoria