Saúde realiza coletiva sobre óbitos suspeitos por H1N1

Secretária concedeu coletiva sobre o assunto (Wheverton Barros)

Secretária concedeu coletiva sobre o assunto
(Wheverton Barros)

Em entrevista coletiva à imprensa na manhã de hoje, a secretária de Saúde Izalba Albuquerque informou que a Prefeitura de Rondonópolis continua reforçando junto ao Ministério de Saúde a liberação de mais 30 mil doses da vacina contra a gripe Influenza, principalmente diante dos cinco óbitos suspeitos por H1N1 ocorridos na cidade, entre o final de maio e neste mês.
O último caso suspeito ocorreu ontem (17), vitimando uma mulher de 37 anos, moradora de Rondonópolis, que veio a óbito na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde estava internada na seção de isolamento desde domingo (16), com dores na cabeça e no tórax, além de insuficiência respiratória; sintomas considerados pelos médicos que a atenderam.
Casos suspeitos
Segundo Izalba Albuquerque, hoje (18) há mais seis internamentos com suspeita de contaminação pelo H1N1, totalizando 13 casos (entre óbitos, pessoas internadas e que já tiveram alta médica).
Outros cinco casos, foram descartados após os exames terem apresentado resultado negativo.
Todos os pacientes tiveram materiais coletados para os exames e estão sendo aguardados os resultados, que demoram, em média, 30 dias ou mais para serem conhecidos.
“A população está preocupada com a situação, assim como a gestão municipal. E, por isso, é preciso um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o envio para Rondonópolis das doses extras de vacinas solicitadas”, disse Izalba, citando que o cálculo usado pelo MS do número de pessoas do grupo prioritário que têm a preferência na vacinação, é baseado na população residente em 2018 e pode resultar em erro de quantidade das vacinas. Isso pode  ter ocasionado o término antecipado das doses encaminhadas pelo Governo Federal para Rondonópolis, um dia antes do fim da campanha nacional de vacinação.
Outra preocupação, cita ela, é que os óbitos suspeitos ocorreram entre pessoas com idade não correspondente e fora do grupo prioritário. “Estamos lidando com uma situação que precisa ser bem avaliada pelo Ministério da Saúde e necessitamos sim de mais doses da vacina, porque as pessoas que têm condições financeiras pagam pela vacina, mas as quem não têm ficam expostas ao vírus, que se propaga pelo ar”, lamenta Izalba.
A secretária ressalta ainda, que o senador Wellington Fagundes (PR) está gestionando junto ao MS a liberação das doses extras de vacina, levando em consideração a situação de casos de suspeitos de H1N1 que atingem a cidade e que ultrapassou a meta de 90% de vacinação do grupo prioritário, durante a campanha nacional de vacinação contra a Influenza. Porém, a secretária alerta que ainda há pessoas desse grupo, que não conseguiram tomar a vacina. “Não é possível que o MS vá deixar Rondonópolis passar por essa situação e nem mesmo se manifestar para nós”, diz.
“Outras medidas, caso o Governo Federal não envie novas doses da vacina, já estão sendo estudadas pelo município e podem ser adotadas se a situação não se resolver”, abordou ela.
Câmara Municipal
O blog manteve contato há pouco com o presidente da Câmara Municipal, vereador Claúdio da Farmácia (MDB), quanto a tomada urgente de medidas pelos vereadores, no sentido de autorizar o Poder Executivo a adquirir vacinas por contra própria, e ele informou que o Poder Legislativo pode autorizar uma verba suplementar para esse fim ou mesmo o remanejamento de recursos de outra conta para essa finalidade emergencial, inclusive votando em sessão extraordinária. “Basta o Executivo nos enviar o pedido, já que não podemos, por contra própria, tomar essa iniciativa, que é inconstitucional”, ressaltou ele.

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