Servidores rejeitam proposta da Prefeitura e promovem nova paralisação hoje
Cerca de 900 servidores públicos municipais atenderam a convocação do Sispmur- Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis e compareceram na assembleia geral. O encontro aconteceu durante a tarde de ontem (14), no clube social da entidade.
Os presentes discutiram as tratativas negociadas até o momento com as Comissões de Saúde, Educação e Instrumental. Depois das explanações das três classes, os trabalhadores rejeitaram as propostas apresentadas pelo executivo. “A prefeitura precisa sentar de fato e começar a negociar. Eles precisam cumprir o que está no Plano de Cargos e Carreira (PCCV). É preciso passar por uma comissão, apresentar proposta, depois o servidor faz uma contraproposta, aí vem uma devolutiva. Com as negociações fechadas, tudo é levado para a assembleia. Mas sem cumprir esse rito não existe qualquer chance de acordo”, explica Geane Lina Teles, presidente do Sispmur.
Na semana passada, a administração municipal enviou um projeto de lei propondo correção na tabela financeira dos trabalhadores, em regime de urgência e sem anuência dos servidores. A Câmara derrubou a urgência. A situação aumentou o desgaste entre o prefeito José Carlos do Pátio e os trabalhadores efetivos. “O que aconteceu na semana passada foi imoral. O servidor sentou com o secretariado da prefeitura para negociar e do nada mandam um projeto de lei, sem nosso conhecimento. Um desgaste que poderia ser evitado com educação e diálogo”.
O Sispmur marcou uma nova paralisação geral para hoje, quarta-feira, às 13h, na Câmara de Rondonópolis. Caso outra medida impositiva do executivo, contra os trabalhadores, ganhe tramitação na casa de leis, uma greve geral pode ser deflagrada. “A assembleia é soberana, os trabalhadores votaram pela greve caso o prefeito tente uma nova manobra política ou não respeite o trabalho das comissões”.
URV
Durante a assembleia geral, a direção dos Sispmur confirmou que o pagamento das correções relacionadas à URV – Unidade Real de Valor (índice criado em 1994 para implantação do plano Real), pode acontecer ainda em 2022. “Juridicamente não existe mais nada, faltava o laudo pericial de um estudo contábil solicitado pela justiça. Os cálculos foram concluídos e mais uma vez os números foram favoráveis ao servidor efetivo. A correção no cargo será de 10, 58%. E será retroativo ao ano em que o servidor entrou no trabalho público desde 2008. Ou seja, aquele que entrou em 2016 recebe o valor da correção, mais um passivo que será gerado desde a sua matrícula. E assim também será para aqueles que entraram em 2008. Boa parte dos funcionários públicos municipais concursados terão direito a correção. Assim que a justiça concluir o processo, vamos pedir a aplicação imediata na folha de pagamento. Em 2016, José Carlos do Pátio disse que se a justiça definir assim eu farei, assim eu pagarei”, completou Geane.
Da Assessoria