Sete das oito vítimas fatais da explosão no Paraná, eram terceirizadas

(Reprodução/RicMais)

De acordo com a assessoria da Cooperativa Agroindustrial C. Vale, sete das oito pessoas mortas na explosão iniciada em um secador de milho ontem à tarde, ocorrida na unidade da cooperativa, em Palotina, no Oeste do Paraná, eram trabalhadores terceirizados.
Até o momento, 11 pessoas estão hospitalizadas, sendo 10 funcionários da cooperativa e um do sindicato (terceirizado). Os trabalhadores trabalhavam desde a manutenção até a movimentação de mercadorias.
O Instituto Médico Legal (IML) confirmou a oitava morte, na explosão. A vítima havia sido resgatada dos escombros, encaminhada para um hospital, mas não resistiu.
Logo após a explosão, equipes de salvamento iniciaram o resgate dos funcionários. Uma pessoa ainda está desaparecida em meio aos escombros.
Durante a madrugada, 20 bombeiros militares atuaram no local, além de 14 bombeiros do Grupo de Operação de Socorro Tático (Gost).
Poeira explosiva
Segundo matéria do portal agrícola Rac Lite, a armazenagem de produtos agrícolas é especialmente perigosa devido ao acúmulo de poeira dos grãos. Apesar de toda poeira de grão gerar atmosferas explosivas, o milho merece atenção especial, por ser um dos mais voláteis.
Em geral, existe um alto risco de incêndios e explosões nas indústrias de processamento de alimentos e unidades de armazenamento de grãos. O motivo é que, principalmente na descarga de produtos, gera-se uma enorme nuvem de poeira, criando uma atmosfera explosiva.
Outro risco muito comum provém do acúmulo de poeira nos ambientes de trabalho. Caso essa superfície de poeira de grãos seja aquecida, ela acaba liberando gases de combustão. Assim, em caso de ignição no local, inicia-se um incêndio.
Além disso, a decomposição desses grãos também gera vapores inflamáveis. Grãos com umidade superior a 20%, por exemplo, podem gerar metanol, propanol ou butanol. Ademais, os gases metano e etano, também produzidos na decomposição dos grãos, também podem gerar atmosferas explosivas.
Mais um risco preocupante é o das poeiras que são depositas ao longo do tempo. Caso sejam agitadas ou entrem em contato com uma chama, há um alto risco de explosão. Dessa forma, cria-se uma reação em cadeia: a explosão gera vibrações que agitam mais pó, causando mais explosões e fazendo uma grande destruição.
Portanto, o recomendado é que a concentração máxima de poeira de grãos no ambiente não ultrapasse 4g/m³ de ar. Com mais que isso já existe um risco de explosões, sendo a faixa de 20 a 4.000g/m³ a mais perigosa. Para testar essas poeiras, já existem equipamentos específicos no mercado.
Da Redação com Ric Mais e Rac Lite 

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