STJ mantém ação penal contra Claudia Cruz na Lava Jato

Família unida (Marcos Oliveira/Agência Senado)

Família unida
(Marcos Oliveira/Agência Senado)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, ontem, ação penal contra Claudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha (PMDB), acusada pela Lava Jato de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Segundo a assessoria do STJ, os ministros consideraram lícita a prova encaminhada ao Brasil a partir de investigação aberta na Suíça, com concordância das autoridades. A jornalista teria recebido depósitos na Suíça de conta oculta de seu marido, “para distanciar o dinheiro sujo de sua origem”. Para o tribunal, “há sérios indícios que embasam a denúncia de que os valores na conta da ré no exterior, são frutos de crimes cometidos por Cunha”.
Em outra frente, contudo, Cláudia Cruz usa a condenação de Cunha pelo juiz Sergio Moro, dada em março passado, para pedir sua absolvição.
De acordo com reportagem da Folha de ontem, os advogados de Cláudia Cruz argumentam que, em sua decisão contra Cunha, Moro não disse que a jornalista se beneficiou de dinheiro de propina. Moro disse que recursos usados por Cláudia “não foram provenientes de vantagem indevida, decorrente do contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de exploração do Bloco 4 em Benin”.
Fonte
“Os valores da propina a Cunha teriam saído da compra, pela Petrobras, de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, no valor de US$ 34,5 milhões. O negócio foi tocado pela diretoria internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção. O suborno teria sido pago em contas no exterior.”
Na visão dos advogados, a decisão de Moro aponta que o dinheiro da propina permaneceu em trusts no exterior e não foi usado para pagar as despesas do cartão de crédito de Cláudia.
A reação de Eduardo Cunha à prisão de sua mulher, é temida por muitos!
Com Jornal GGN

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