Sucessão de Janot: Temer avalia ignorar lista tríplice

Usando do cargo para se livrar de apertos (Foto: Pragmatismo Político)

Em que e quem ampara Temer?
(Foto: Pragmatismo Político)

Em mais um lance de retaliação e demonstração de Poder, Michel Temer pretende analisar outras opções, além da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), para a escolha do sucessor de Rodrigo Janot no comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acontece em setembro deste ano.
Caso aconteça isso, Temer vai romper com uma tradição – ele não é obrigado pela lei, a aceitar a indicação da associação – de indicar o nome mais votado pelos procuradores, entre três apresentados pela entidade.
A retaliação ganhou atenção especial desde que Ministério Público Federal (MPF) e o Palácio do Planalto, entraram em rota de colisão e Janot é considerado o inimigo número um do governo golpista.
A nomeação acatando a lista tríplice da ANPR, teve início com o primeiro mandato de Lula, à frente da Presidência.
Denúncia no STF
Rodrigo Janot, já tem elementos para fechar a primeira denúncia contra Michel Temer e encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo crime de corrupção passiva, relacionada à mala com R$ 500 mil em propina – que seria paga semanalmente, durante 24 anos-, entregue pela JBS a seu ex-assessor especial Rodrigo Rocha Loures, que está preso na Papuda (DF).
Para Janot, há elementos suficientes para demonstrar que a propina, tinha aval de Temer.
Autorização
Caso o golpista seja acusado formalmente, o STF precisará ainda obter uma autorização da Câmara dos Deputados, para abrir ou recusar uma ação penal.
Oito subprocuradores se inscreveram para concorrer na eleição interna organizada pela ANPR. Todos defendem a continuidade das investigações da Operação Lava Jato. A votação que definirá a lista tríplice da categoria será no fim deste mês.
Candidatos
Dentre os oito candidatos a chefiar a PGR, metade é considerada de oposição a Janot – Carlos Frederico Santos, Raquel Dodge, Eitel Santiago e Sandra Cureau. Concorrem também Nicolao Dino, aliado do atual procurador-geral, e candidatos que apresentam críticas moderadas à atual gestão: Mario Bonsaglia, Ela Wiecko e Franklin Rodrigues da Costa.
Da votação da ANPR, participarão mais de 1.200 membros do Ministério Público Federal, que votarão em três dos oito concorrentes.
A sociedade brasileira, em sua maioria, com certeza tem grande interesse de saber em quem e em que se ampara Temer, para ele enfrentar dessa e de outras formas, o Poder Judiciário brasileiro!
Da Redação com Estadão

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