Surdos participam de votação simulada no TRE-MT

(Divulgação)

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Iniciativa também viabilizou à Justiça Eleitoral conhecer melhor as dificuldades de acessibilidade
Para que a acessibilidade ocorra de fato, é preciso entender as reais necessidades daqueles que precisam ser incluídos. Ciente disso, a Escola Judiciária Eleitoral (EJE), em parceria com a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), recebeu a visita de integrantes da Federação Desportiva de Surdos (FDS-MT), na sexta-feira (17.09), no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).
Eles conheceram o Memorial da Justiça Eleitoral, o depósito de urnas, tiraram dúvidas e participaram de uma votação simulada na urna eletrônica. Além disso, os surdos expressaram sobre algumas dificuldades encontradas no acesso a serviços, como a utilização do avatar (uma espécie de boneco em 3D), por exemplo que, segundo eles, não é o mais adequado. A visita contou com o auxílio de dois intérpretes e com a participação da representante da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRE-MT, Helida Vilela.
O secretário de Tecnologia da Informação do TRE-MT, Carlos Henrique Cândido, contextualizou o avanço do processo de votação ao longo dos anos e esclareceu as principais dúvidas dos visitantes. “O estreitamento com os surdos é fundamental para aprimorarmos os recursos de acessibilidade e entendermos como podemos incentivar, cada vez mais, a participação deste público nas eleições”.
A coordenadora da EJE-MT, Janis Eyer Nakahati, ressaltou que a Escola tem buscado a inclusão de pessoas com deficiência em diversas atividades, principalmente nas visitas guiadas. “Passamos por um período de pandemia, que nos limitou aos encontros virtuais, e com a retomada das atividades presenciais pudemos retomar a visita guiada, que é uma ótima oportunidade de aproximar a Justiça Eleitoral dos cidadãos, especialmente aqueles que necessitam de ações, em prol da inclusão social”.
A ordem de votação foi um dos pontos destacados pelo presidente da FDS-MT, Ademilson Dias de Oliveira, como aprendizado importante obtido na visita. “Foi uma boa ideia trazer a comunidade surda, porque precisamos ter acesso às informações das eleições, como local de votação e ordem dos candidatos. E, nós, surdos, também ficamos com receio de preconceito e acabamos nos afastando, por isso vejo a importância dessa visita e termos intérpretes para nos auxiliar a tirar dúvidas”.
O representante da Federação de Surdos, que é eleitor, também destacou a evolução do processo de votação e os recursos de acessibilidade presentes na urna eletrônica.
Ascom TRE-MT

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