Temer enfatiza que não renunciará

Temer; "Não renunciarei" (NBR/Divulgação)

Temer; “Não renunciarei”
(NBR/Divulgação)

Nadando contra a correnteza, em pronunciamento oficial agora à tarde, Michel Temer (PMDB) afirmou que não vai renunciar ao cargo, em razão do teor da delação premiada de executivos da JBS, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Não renunciarei. Repito. Não renunciarei. Exijo investigação plena e muito rápida para o esclarecimento do povo brasileiro”, disse Temer, procurando demonstrar firmeza e segurança, num momento em que crescem as especulações de que ele vai entregar o posto.
A informação de que o empresário Joesley Batista gravou uma conversa entre ambos, com Temer dando aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ) e indicando o deputado Rocha Loures (PMDB-PR), que até pouco tempo era seu auxiliar, para resolver uma pendência da companhia, mergulhou o governo numa crise sem precedentes.
Nega
Em seu discurso de cerca de 20 minutos, Temer admitiu que teve um encontro com o empresário da JBS no Palácio do Jaburu, mas negou que tenha tratado com ele sobre pagamentos de uma operação cala-boca. “Ouvi realmente o relato de um empresário que, por ter relações com ex-deputado, auxiliava a família do ex-parlamentar. Não solicitei que isso acontecesse e somente tive conhecimento nessa conversa pedida pelo empresário”, disse o peemedebista.
“Ontem contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada”, completou. “Por uma razão singelíssima, não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público, nem de foro especial. Nada tenho a esconder. Não tenho nada a esconder. Sempre honrei meu nome. A investigação pedida pelo STF, será território onde surgirão todas as informações e no Supremo demonstrarei não ter nenhum envolvimento com esses fatos”, enfatizou.
Manifestações
Agora à noite, atos públicos pedindo a renúncia de Michel Temer estão acontecendo, simultaneamente, no Rio de Janeiro, Fortaleza, Uberlândia, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, São Paulo e Vitória, além de outras capitais e cidades do interior brasileiro.
A título de lembrança, a gravação no Palácio do Jaburu não foi clandestina, como afirmou Michel  Temer. Tanto a Procuradoria Geral da República quanto a PF, sabiam que ela seria feita.

Vamos ver na queda-de-braço, quem sairá vencedor: Temer ou Povo?
Da Redação com Veja.com

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