Temer legaliza o entreguismo do Brasil aos estrangeiros
São Simão, a maior das usinas em capacidade, agora é chinesa
Confirmando que o golpe de 2016 tinha planos obscuros e objetivos bem definidos por Michel Temer e sua quadrilha do PMDB, foram retomados na manhã de hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro, os leilões de áreas para a exploração e produção de petróleo e gás natural, com a realização da 14ª Rodada de licitações, que engloba 287 blocos em 29 setores de nove bacias sedimentares, totalizando área de 122.615,71 quilômetros quadrados.
Os leilões, segundo a ANP, têm como objetivo ampliar as reservas e a produção brasileira de petróleo e gás natural, aumentar o conhecimento das bacias sedimentares, descentralizar o investimento exploratório no país, desenvolver a pequena indústria petrolífera e fixar empresas nacionais e estrangeiras, dando continuidade à demanda por bens e serviços locais, à geração de empregos e à distribuição de renda.
Entre os 287 blocos desta rodada, dez estão localizados na Bacia de Campos (litoral do RJ), e estão planejadas para ocorrer este ano as rodadas 2 e 3 do pré-sal, em outubro deste ano, também com ofertas de áreas no litoral fluminense. Até 2019 está previsto um total de nove rodadas de licitações, sob os regimes de concessão ou partilha da produção.
Usinas hidrelétricas da Cemig
Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fez o leilão de quatro usinas hidrelétricas operadas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). No pregão, marcado por disputas judiciais, foram negociadas as outorgas de concessões das hidrelétricas São Simão (GO/MG), Jaguara (MG/SP), Miranda (MG) e Volta Grande (MG/SP), que foram adquiridas pelo grupos chinês State Power Investment Corporation, por R$ 7,2 bilhões (São Simão), pelo francês de energia Engie (Jaguara e Miranda), totalizando R$ 3, 55 bilhões, e a de Volta Grande, pela italiana Enel, por R$ 1,42 bilhão.
Ao todo, o governo de Michel Temer arrecadou 12,1 bilhões de reais com os leilões das quatros usinas, previstos pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que reúne projetos em infraestrutura a serem concedidos à iniciativa privada, que juntamente com os valores obtidos com a concessão dos campos petrolíferos do Pré-Sal, colocam nossos bens nas mãos do capital estrangeiro e ajudam a minimizar o efeito das contas públicas, cujo previsão de rombo fiscal para este ano de 2017, é de R$ 159 bilhões.
Da Redação com Veja.com