Tomando capote

Moro "errou o pulo" com Bolsonaro (Evaristo Sá)

Moro “errou o pulo” com Bolsonaro
(Evaristo Sá)

O ex-juiz federal da “República de Curitiba” Sérgio Moro, depois de provar das “delícias” da fama e dos holofotes, principalmente pela prisão injusta e criminosa de Lula, que lhe rendeu a nomeação para o Ministério da Justiça, está em franco declínio junto à opinião pública, pelas revelações do The Intercept Brasil.
Não bastasse isso, que por si só já é mais do que suficiente para por fim à fachada de paladino da Justiça e de bom moço, Moro tem pela frente seu chefe imediato, Jair Bolsonaro.
Para o “mito” e hoje só para ele, Moro representa um potencial adversário nas eleições presidenciais de 2022.
A queimação de JB a Moro, passa pela substituição do superintendente geral da Polícia Federal, (PF) atribuição que cabe ao hoje ministro, mas que Bolsonaro já afirmou que ele é quem manda e a “água do balde” está prestes a ser derramada, porque o ex-juiz, no dia 28 de julho, manteve contato com o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que ele fizesse uma revisão da decisão que restringiu o compartilhamento de relatórios do antigo Coaf , hoje Unidade de Inteligência Financeira (UIF), com os ministérios públicos e a Polícia Federal.
A irritação de Jair Bolsonaro – que se deve a preocupação, principalmente, de que o compartilhamento dos relatórios do Coaf, continue a atingir seu filho, o senador Eduardo Bolsonaro – venham a comprovar em definitivo, a ligação do clã presidencial com a milícias do Rio de Janeiro.
Diante do interesse de Moro em reduzir o impacto da decisão de Toffoli, Bolsonaro o teria chamado para uma reunião no Palácio do Alvorada, segundo relatou ao O Globo, uma fonte com bom trânsito entre familiares e amigos de JB.
No encontro, Bolsonaro foi direto ao assunto e disse que nunca pediu qualquer favor ao ministro. Disse também, que Moro nunca ofereceu qualquer ajuda a ele. Mas, naquele momento, precisava deixar as coisas claras.
— Se o senhor não pode ajudar, por favor, não atrapalhe! — disse Bolsonaro, segundo relatou ao GLOBO uma fonte com bom trânsito entre familiares e amigos do presidente.
Daí por diante, o semblante carregado de Sérgio Moro, pode muito bem traduzir o quanto ele deve estar arrependido por ter deixado o Poder Judiciário, onde na condição de juiz federal da “República de Curitiba” se achava o “rei da cocada preta” e ter feito “vistas grossas” a muita “sujeira”.
É, na vida, tudo tem volta!

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