Trocando 6 por ½ dúzia

Cristiane queria ser ministra de Temer (Reprodução/Facebook)

Cristiane votou a favor da Reforma Trabalhista
(Reprodução/Facebook)

A nomeação da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fará com que assuma em seu lugar na Câmara Federal, Nelson Nahim (PSD-RJ) – um suplente condenado em 2016 por exploração sexual de menores, entre 2008 e 2009, no caso conhecido como “Meninas de Guarus”, em referência a um distrito de Campos dos Goytacazes (RJ), em que 15 meninas pobres eram mantidas encarceradas e submetidas a exploração sexual.
A nova ministra de Temer, além de estar respingada pela corrupção que envolve recebimento de verbas da Odebrecht e da JBS, votou a favor do impeachment de Dilma Roussef, a favor da reforma trabalhista, da ampliação das possibilidades de terceirização e da PEC do Teto dos Gastos, bem como fez parte do grupo de parlamentares, que barrou as duas denúncias criminais contra Michel Temer (MDB), no ano passado.
A filha de Roberto Jefferson também já respondeu a duas ações na Justiça do Trabalho, por não assinar a carteira de dois motoristas particulares seus, sendo condenada, numa delas, a pagar indenização de R$ 60 mil.
O caso

Nahim tem “capivara” pesadíssima
(Internet)

Nelson Nahim e mais outras 13 pessoas, entre ex-vereadores e empresários, foram condenadas por participação no esquema, que conforme o Ministério Público (MP), mantinha as menores em cárcere privado que só podiam deixar o local para fazer programas sexuais. Em troca, recebiam parte do valor pago pelo cliente, comida e drogas.
De acordo com o processo, as vítimas ficavam em um ambiente fechado, presas a correntes e cadeados, sob permanente vigília armada, sendo obrigadas a consumir drogas como cocaína, haxixe, crack, maconha e ecstasy antes dos programas. Segundo a acusação, as vítimas – na faixa etária de 8 a 17 anos – eram obrigadas a fazer até 30 programas por dia.
Ex-presidente da Câmara de Campos, o ex-vereador chegou a ser prefeito interino do município. Preso em junho de 2016, assim como os demais condenados no caso, Nahim foi solto no final de outubro do mesmo ano, após conseguir uma liminar em seu habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, que garantiu sua liberdade, até que o recurso seja examinado no mérito.
Em que se pese as considerações, troca-se o “sujo pelo mal lavado”!

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