UFR à deriva

WF defende corte de recursos das universidades (NBN Brasil)

WF defende corte de recursos às universidades
(NBN Brasil)

Na semana passada, postei uma matéria sobre a necessidade de empenho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e do senador Wellington Fagundes (PR), no tocante de agilizar junto ao MEC, a publicação dos cargos de reitor e vice-reitor da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), para que ela passe a funcionar com as próprias pernas, se desligando definitivamente da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da qual herdou o espaço físico e os corpos docente e discente, bem como os acadêmicos que nela estudam.
A cobrança aos dois parlamentares, que são de Rondonópolis, se deve, principalmente, ao risco iminente de Jair Bolsonaro (PSL) – em sua frenética tendência destrutiva contra tudo que foi construído na Educação, ao longo dos anos- de vir a anular o decreto de criação da instituição, assinado por Dilma Roussef (PT) em 2016, após quase duas décadas de luta e reivindicação da comunidade acadêmica e da sociedade organizada local e regional.
Na matéria postada no dia 02 deste mês (leia aqui) e em outras anteriores relativas à criação da UFR, tenho destacado as gestões do senador Wellington Fagundes, que foi peça importante no processo de criação da universidade.
Contrariando todo seu esforço dedicado à causa, surpreendentemente o senador declarou ontem, em entrevista à imprensa cuiabana, que defende o corte de 30% nos orçamentos de universidades e institutos federais de Educação, sob a justificativa de que o governo federal precisa readequar o orçamento, para atender melhor o Ensino Básico, que é o mais preocupante no momento, conforme alegado pelo ministro da Educação Abraham Weintraub, mas que na realidade, não possui fundamento nenhum.
A mudança de posicionamento de Wellington Fagundes deixa a instituição federal de Rondonópolis à deriva, uma vez que a nomeação de seus dois cargos administrativos maiores culminariam, na sequência, na definição de seu orçamento, propiciando as condições necessárias para seu funcionamento com a denominação definitiva de UFR.
Aos decepcionados, assim como eu, resta tentar juntar as peças desse infeliz posicionamento do senador, que conduzem, numa primeira impressão, ao juízo de que ele se deixou encantar pelo “canto da sereia” de Jair Bolsonaro, que usa dos recursos federais como moeda de troca, para conseguir seus intentos. Como os acordos de liberação de recursos da ordem de R$ 40 milhões em emendas parlamentares, para que sua maléfica Reforma da Previdência seja aprovada.
Infeliz decisão, senador Wellington!

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