Vereador preso por duplo homicídio tem mandato cassado
Valdoir usava documentos falsos (Reprodução)
(Reprodução)
Na semana passada, Valdoir Bento Tavares (PSDB), que se apresentava como Márcio Túlio Ribeiro Gonçalves, e é conhecido pelo apelido de Preto, teve o mandato de vereador cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), após ter sido denunciado pelo Ministério Público pelo uso de documentos falsos, através de decisão assinada pelo juiz Jorge Hassib Ibrahim, da 30ª Zona Eleitoral de Água Boa.
A decisão do magistrado anulou os votos recebidos por Valdoir, no pleito de 2020, fazendo com que o mandato fosse cassado e desse lugar ao suplente, Jovane Barbosa Alves, do mesmo partido.
Homicida
Em março do ano passado, Valdoir renunciou ao mandato após ter sido afastado do cargo por ter sido preso na Operação Camuflagem, deflagrada pela Delegacia de Água Boa, sob a acusação de envolvimento em um duplo homicídio, ocorrido em Ariquemes, no Estado de Rondônia.
Além dele, também foi preso seu irmão, Valteir Bento Tavares.
As investigações policiais apontaram que Valdoir falsificou e fez uso de documentos adulterados, para constituir nova vida em de Nova Nazaré.
O duplo homicídio ocorreu em janeiro de 2007, após uma briga por causa de uma vaga de estacionamento em uma festa de réveillon, próximo a uma casa noturna.
As vítimas foram identificadas como Éder da Silva Martins e Edeilson Moura dos Santos, que morreram a tiros. Uma terceira pessoa também foi baleada, mas conseguiu fugir a tempo.
Durante as investigações foi constatado que o ex-vereador assumiu a identidade de seu primo Márcio Túlio Ribeiro Gonçalves, que faleceu quando ainda era criança.
De posse da certidão de nascimento do primo falecido, o denunciado expediu os demais documentos (CPF, RG, Cartão SUS, CNH, Título de Eleitor).
Além dos homicídios qualificados, Valdoir responde pelos crimes de falsa identidade, inserção de declaração falsa em documentos, utilização de documento público alterado e posse sem autorização de armas de fogo de uso permitido.
Ao ser preso, o ex-vereador respondia pela Presidência da Câmara Municipal de Nova Nazaré.
Da Redação com Mídia News