Voltando à estaca zero

Carnes podres entravam na produção (Arquivo/Ricardo Antunes)

Os prejuízos ao povo brasileiro, que irão derivar das “medidas de mudança” que o governo de Jair Bolsonaro pretende implantar a partir de janeiro de 2019, ficam mais evidentes, a cada dia que passa.
Em termos de saúde pública, que já é um terror neste País, a coisa tende a ficar ainda mais crítica.
Em março do ano passado, fomos surpreendidos com a Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal, que revelou a “podridão” que se processava na inspeção de carnes e derivados produzidos no País, com fiscais corrompidos que liberavam a comercialização de produtos com a adição de papelão, além de fazerem vista grossa na utilização de carnes estragadas na composição de salsichas e linguiças..
Pois bem, ao invés de reforçar as regras da fiscalização a futura ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM-MS) – pecuarista e uma das líderes da Bancada Ruralista no Congresso – anunciou na semana passada, que a fiscalização diária do governo federal pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), será desativada, com os frigoríficos ficando responsáveis pelas “práticas de auto-controle”, que passarão a ser auditadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), “de tempos em tempo”.
Destacando que o modelo atual limita a autonomia dos frigoríficos, a futura ministra de Bolsonaro justifica que o modelo de auto-controle da produção do setor, já é utilizado em várias partes do mundo.
Como se a saúde da população não fosse assim tão importante, Tereza Cristina argumenta que a se o MAPA achar que não está bom, vai lá (nos frigoríficos) toda semana.
Os beneficiários dessa medida, vocês já sabem quem serão, não?
Da Redação com informações Estadão

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