A cobra vai fumar: pedida CPI para investigar radares de trânsito

(Foto: Ipem)

Através de requerimento apresentado ontem à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pelo deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), deverá ser criada de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), que irá investigar o funcionamento dos radares eletrônicos e a chamada “máfia dos radares”. O requerimento contém 186 assinaturas de apoio (15 a mais, do que o mínimo exigido pelo Regimento Interno da Casa).
O deputado proponente cita em sua justificativa que “radar virou uma grande indústria de multas neste país. Existem várias reclamações. Em um radar em São Paulo, por exemplo, os ônibus tinham que passar a 50 km/h, passavam a 40 e estavam sendo multados. Portanto, totalmente desregulado”, afirmou Gilberto Nascimento. O deputado ressaltou ainda, que “de há muito, os radares e lombadas eletrônicas deixaram de ser educativos, para se tornar fonte de renda para os municípios”.
O Blog Estela Boranga comenta questionou em várias matérias em 2015, a instalação do sistema de radares em Rondonópolis, que não mereceram o devido crédito e atenção por parte dos vereadores de então, que deveriam ter feito os questionamentos junto à Prefeitura, – já que de acordo com documentos e matérias levantadas pelo blog junto à Receita Federal, ao jornal O Vale (de Taubaté-SP), do Fantástico (da Rede Globo) e do Jornal Valor Econômico -, apontavam que a Engebras – proibida pela Justiça , de participar de licitações públicas no País e uma das empresas participantes da “Máfia dos Radares”-, inicialmente agia nas prefeituras do Vale do rio Paraíba, em São Paulo, se espalhando depois, por diversos Estados brasileiros. Em Mato Grosso, mais especificamente em Rondonópolis, a Engebras começou a atuar através da Talentech  que possuía em seu quadro societário pessoas ligadas a ela, utilizando inclusive, os mesmos veículos.
O blog também obteve documentos a respeito das ações da Engebras, que usa o nome Talentech para poder atuar legalmente, que constam de denúncias, à época, feitas por vereadores de Taubaté e também de outros municípios daquela região, ao Ministério Público de São Paulo.
Um dos itens do “modus operandi” da Engebras, era apresentar o rascunho da licitação às comissões de licitações dos órgãos públicos, como revelam as reportagens dos órgãos de comunicação citados, no intuito de levar vantagem sobre as demais participantes dos certames.
Caberá ao presidente da Câmara dos Deputados agora, analisar o requerimento de criação da CPI e determinar sua instalação. De acordo com o Regimento Interno da Câmara, as CPIs são criadas mediante requerimento de 1/3 dos deputados, para a apuração de fato determinado e por prazo certo.
Com informações da Agência Brasil

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