Caindo do cavalo

Maia freia projeto de Sérgio Moro (Plantão Brasil)

Maia freia projeto de Sérgio Moro
(Plantão Brasil)

Após ter granjeado a admiração de grande parte da população brasileira, por medidas tomadas no início da Operação Lava-Jato, o ex-chefe da “República de Curitiba”, Sérgio Fernando Moro, começou a conhecer a “outra face da moeda”.
Hoje, depois de estar mais do que evidente que suas ações como juiz federal da 13ª Vara Federal da capital paranaense tiveram tão somente como objetivo primordial prender Luiz Inácio Lula da Silva, para abrir caminho para a extrema-direita e Jair Bolsonaro (PSL) se eleger presidente do Brasil, Sérgio Moro já não desfruta da mesma confiança de outrora, consubstanciada pelo apoio irrestrito da Rede Globo a seus (mal) feitos, cujos holofotes deram a ele a condição de falso “paladino da Justiça”.
Essa imagem de justiceiro, que já vinha sendo arranhada por diversas tomadas de posições durante seu trabalho como juiz federal da Lava-Jato, caiu por terra quando aceitou ser Ministro da Justiça desse (des) governo que aí está.
O plano de crescer também politicamente e quem sabe chegar à Presidência da República (o que se reforça pela tentativa de se implantar o fundo de recursos da Lava-Jato, capitaneado por seu “ordenança” Deltan Dallagnol), começou a desmoronar, esta semana.
Moro caiu em desgraça com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), que nas entrelinhas se explica pela prisão do ex-ministro Moreira Franco – o “gato angorá” da lista da Odebrecht e que vem a ser marido da sogra de Maia – o qual deu a entender ontem (23), que o pacote anti-crime, enviado por Moro para análise e aprovação pela Câmara dos Deputados, “está fora da agenda e não terá vez na pauta da Casa tão cedo”, segundo informou o UOL hoje domingo (24). “A minha agenda é a reforma da Previdência”, disse, taxativo, Rodrigo Maia.
Maia despertou a ira de Moro – que por sua vez pode ter mexido os “pauzinhos” na Lava-Jato, para a prisão de Michel Temer e de Moreira Franco no dia 21, quinta-feira passada – ao indicar no dia 20 deste mês, os deputados federais Marcelo Freixo (PSol/RJ) e Paulo Teixeira (PT/SP), para analisar o projeto de lei anti-crime proposto pelo ex-juiz federal.
As intenções desmedidas do Ministro da Justiça de Bolsonaro, parecem, finalmente, estar sendo freadas.
Há que se lamentar, entretanto, que as coisas – neste País – tenham que ser postas em seus devidos lugares, por retaliação e não por Justiça!

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