Caso Victor Ramos será julgado pelo TAS

Inter reivindica um direito lícito (Foto: Ricardo Duarte/SCI)

Inter reivindica um direito lícito
(Foto: Ricardo Duarte/SCI)

Prestes a completar 108 anos, o Internacional de Porto Alegre (RS) vive momentos históricos que passam longe dos gramados. Na distante Lausanne, na Suíça, o clube vai enfrentar uma dura batalha, bem longe das suas origens. Mas a distância não afugenta olhos e ouvidos colorados, que aguardam ansiosos o desfecho da questão a ser resolvida na parte francesa da Suíça.
O caso Victor Ramos parece ser algo mais significativo, que uma simples irregularidade de inscrição esportiva. À medida que a hora do julgamento amanhã (4) no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) se aproxima, tudo vai tomando contornos de maior importância. Basta observar o quórum envolvido no pleito: TAS, CBF, STJD, Inter, Vitória e diversos profissionais do segmento jurídico-esportivo.
Juízes
O caso – depois de ter passado pela CBF e pelo STJD – será julgado por três árbitros, com larga experiência na justiça esportiva: o italiano Luigi Fumagalli, o português Rui Botica e o argentino de origem israelense Efraim Barak. A CBF apresenta suas armas por meio do espanhol Lucas Ferrer, que inclusive já atuou pelo TAS. O Vitória se defende com todas as forças e conta com Marcos Motta, que tem prestação de serviços para atletas do primeiro nível mundial, entre eles Neymar. O Inter, por fim, liderado pelo vice jurídico Gustavo Juchem, conta também com os serviços dos renomados Daniel Cravo e Rogério Pastl, além de ter o suporte de advogados suíços contratados especificamente para esse caso.
As partes que representam as entidades brasileiras chegam hoje a Lausanne e de imediato já se reúnem – cada uma em seu QG –, para ultimar os detalhes daquele que pode ser um julgamento histórico para o futebol brasileiro.
Defesas
O Vitória garante que não infringiu a regulamentação das inscrições e se vale da guarida dada pela própria CBF, no momento da inscrição de Victor Ramos. O Inter, por outro lado, sustenta que a condição de jogo do atleta em questão, não seguiu o protocolo padrão e feriu o regulamento e, portanto, o Vitória deve sofrer as devidas sanções, o que teria como consequência a perda de pontos e o rebaixamento. Assim, o Inter voltaria à Série A.
O fato de o TAS ter aceitado julgar o caso parece ser um trunfo para o Inter, pois inicialmente, logo após o final do Campeonato Brasileiro de 2016, tudo indicava que o assunto estava encerrado. No entanto, a porta da última instância esportiva se abriu e através dela poderão passar diretrizes importantes para o futebol brasileiro. Em função disso, nesses próximos três ou quatro dias, a distante cidade suíça de Lousanne será uma nova fronteira do Brasil.
Caso Victor Ramos

Atleta teria jogado pelo Vitória, em situação irregular
(Foto: Divulgação/Vitória)

Desde o final do ano passado, o Inter entrou na Justiça Desportiva alegando uma irregularidade na inscrição do zagueiro Victor Ramos, que foi contratado pelo Vitória junto ao Monterrey-MEX.
Como estava emprestado ao Palmeiras, os clubes trataram diretamente no Brasil, sem passar pelos trâmites burocráticos internacionais previstos pela Fifa, segundo o clube gaúcho.
Isso teria beneficiado o clube baiano a acelerar sua inscrição e ter vantagens financeiras na negociação. O caso não foi levado adiante pela Procuradoria do STJD e, portanto, nunca foi julgado.
Com Correio do Povo/ZH

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