Cavalo encilhado não passa duas vezes

Apoio ao golpista Temer vai pesar na balança (Arquivo/Facebook)

Apoio ao golpista Temer vai pesar na balança
(Arquivo/Facebook)

Segundo os politiqueiros de plantão, o ex-senador e atual deputado federal José Antonio Medeiros (Pode), estaria ensaiando candidatura com vistas a disputar as eleições para Prefeito de Rondonópolis, no ano que vem.
Para tanto, Medeiros teria mantido reunião na noite de ontem, com lideranças de siglas partidárias locais, no sentido de ter uma chapa forte de apoio às suas pretensões.
Todavia, hão de pesar vários pontos, para que o parlamentar rondonopolitano consiga seu intento. A começar pelo desgaste político que sofreu em sua trajetória como senador (iniciada em 2015, sob a “lisura” da conhecida ata, que lhe custou a cassação do mandato, no final de julho do ano passado por unanimidade do Pleno do TRE/MT e que ele conseguiu reverter no TSE), quando tão logo assumiu o mandato virou “papagaio de pirata” de Aécio Neves e Aloysio Nunes (ambos do PSDB), se contagiando pela picada da mosca azul (ou seria bicada de tucano?).
Não bastasse essa “atuação”, José Medeiros se perfilou ao lado do golpista  e quadrilheiro-mor Michel Temer (MDB), tendo sido, inclusive, vice-líder do “vampirão” no Senado, por indicação de Aloysio Nunes, ao passo de que o retorno em emendas para Mato Grosso e Rondonópolis, foi quase que insignificante.
Medeiros perdeu sua grande chance de ter sido eleito prefeito de Rondonópolis – segunda cidade do Estado, em importância sócioeconômica e em densidade eleitoral – nas eleições municipais de 2016, quando ainda não tinha cometido nenhum “deslize” político. Mas preferiu continuar como senador e focar sua atuação no processo de impeachment de Dilma Roussef (PT), votando favoravelmente para isso, na sessão do plenário daquele parlamento.
Vale lembrar também, que ele se elegeu deputado federal no ano passado, pegando carona no clima pró- bolsonarismo que perdurava no país, contando principalmente com votos do agronegócio mato-grossense, bem como do apoio de Jair Bolsonaro.
Hoje, com a situação contrária ao desgoverno do ex-capitão do Exército, aliada à sua conduta como radical de extrema-direita, o deputado certamente vai ter que suar e muito, a camiseta, para ganhar a simpatia da maioria do eleitorado rondonopolitano e se eleger prefeito da cidade.
Anotem aí!

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