Chacina deixa 10 mortos em área de conflito fundiário em Colniza

(imagem: Ilustrativa/Internet)

(Imagem: Ilustrativa/Internet)

Fazendeiros da região lideram grupos de capangas, que promoveriam violência na área
Palco de conflitos fundiários e líder do ranking de desmatamentos na Amazônia, a cidade de Colniza – no extremo norte de Mato Grosso, próximo à divisa com o Amazonas – registrou hoje, uma chacina em um assentamento, promovida por um grupo de encapuzados.
De acordo com relatos preliminares à Polícia Civil, pelo menos dez pessoas, entre adultos, idosos e crianças teriam sido assassinadas. O grupo armado, teria promovido a matança em uma área de ocupação clandestina, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso.
O governo do estado mobilizou equipes especializadas da Força Tática, Polícia Militar e da Polícia Civil – inclusive com participação do helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), que está estacionado em Juína – para investigar o crime, mas, devido ao mau tempo, ainda não haviam conseguido embarcar para o local até o fim da noite. A chacina ocorreu próximo ao distrito de Guariba, em uma área denominada Taquaruçu do Norte.
Acesso difícil
O acesso ao assentamento é difícil e só se consegue chegar em área próxima, pelos rios ou por via aérea. Após, as equipes terão que percorrer nove quilômetros, pelas margens do rio, até chegar aos barracos onde teriam ocorrido as mortes. O município de Colniza fica a 1.065 quilômetros de Cuiabá.
Segundo a Comissão Pastoral da Terra, (CPT) conflitos fundiários são comuns na gleba onde ocorreram as mortes há mais de dez anos, com registros de assassinatos e agressões. A CPT informou que investigações policiais feitas nos últimos anos, têm apontado que “os gerentes das fazendas na região comandam rede de capangas, para amedrontar e fazer os pequenos produtores desocuparem suas terras”.
O governo do Estado informou que policiais militares e civis lotados na cidade de Colniza estão se deslocando para a área, que fica a 250 km da sede do município. Estima-se que haja, aproximadamente, dez vítimas no caso, contudo, o número ainda não foi confirmado devido à dificuldade de acesso ao local e sinal de telefonia precário.
Com Agência Brasil

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