Cozinhando o grilo

Apesar da cobrança pelo blog, endossada por requerimento da vereadora Kalynka Meirelles (Republicanos) e alvo ainda de inquérito pela 2ª Promotoria Cível e Defesa do Patrimônio Público de Rondonópolis, a lista de vacinados desde o início da imunização contra a covid-19 na cidade ainda não foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apesar de que,  conforme divulgado oficialmente, até ontem (8), 4.992 pessoas – entre profissionais de saúde e idosos institucionalizados – já terem recebido a primeira dose da vacina.
Ontem, a vereadora esteve com o titular da Vigilância Sanitária do Município, Paulo Padim, para cobrar a divulgação da tal lista, que incluiria o nome da pessoa, sua atuação profissional ou outra condição que justifique sua priorização, cuja explicação foi a de que ainda aguarda um aval da Procuradoria Geral do Município (PGM), já que a exposição de dados seria sensível e colocaria em risco a privacidade dos envolvidos.
Ora ora, o que se quer é apurar a transparência do processo de imunização, conforme exige o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 do Ministério da Saúde, que justifique a inclusão na Fase 1 do grupo prioritário.
Essa lista, que deve ser bem clara quanto às doses recebidas e a quantidade aplicada, evitará que se levantem dúvidas quanto aos imunizados, uma vez que casos de “furadores de fila” já vieram à tona em outras cidades do país e como afirmado pelo blog, aconteceu quando da vacinação contra o H1N1 (vírus Influenza), em 2019, quando houve atraso no envio da vacina, pelo Ministério da Saúde, e as poucas doses iniciais que chegaram em Rondonópolis e que eram destinadas, exclusivamente, aos grupos prioritários, serviram também para imunizar “excelências” e também familiares, o que redundou na falta da vacina para as demais pessoas dos grupos de risco, que ficaram expostas ao contágio, até a chegada de imunizante em número suficiente.