Cunha tenta tirar das mãos de Fachin inquérito sobre Temer

Cunha tenta impedir o início do apocalipse (André Dusek)USEK/ESTADAO

Cunha tenta impedir o início do apocalipse
(André Dusek/Estadão)

Na semana que passou, os advogados de Eduardo Cunha (MDB-RJ) deram entrada de novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que o inquérito envolvendo o repasse de R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB saia das mãos do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
A defesa de Cunha alega não haver qualquer ligação entre essa investigação, que agora também inclui o presidente Michel Temer, e o esquema de desvios apurado na Petrobrás.
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, já havia rejeitado o pedido para mudança do relator, mas os advogados de Cunha insistem no argumento de que não há conexão entre os fatos. “(…) É impositiva a reforma da decisão agravada, a fim de que o feito seja remetido à livre distribuição entre os ministros desta colenda Corte Suprema, em atenção ao princípio do juiz natural”, diz um trecho da peça assinada pelos advogados Délio Lins e Silva, Délio Lins e Silva Júnior e Larissa Lopes Bezerra.
Fachin incluiu Temer entre os investigados do inquérito que apura se houve pagamento ilícito de recursos para irrigar campanhas do MDB, em 2014. A inclusão atendeu a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e causou muita contrariedade no Palácio do Planalto.
Mesmo preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasilía (DF), a investida de Cunha tenta “isentar” seu parceiro Temer, na bola de neve que se tornou o imbróglio Odebrecht.
Ao mesmo tempo em que suscita indagações de que há “muita sujeira, por debaixo do tapete”!
Com Estadão

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