Defesa de Zuffo alega fraude processual e pede afastamento e PAD contra delegados

Defesa alega inocência do cliente (Reprodução)

Defesa alega informações inverídicas contra seu cliente
(Reprodução)

Advogados de defesa do contador rondonopolitano João Fernandes Zuffo, protocolizaram, ontem (7), junto à 8ª Promotoria de Justiça de Mato Grosso – na coordenadoria do Gaeco, na Corregedoria-Geral da Polícia Judiciária Civil e junto ao Secretário Estadual de Segurança Pública, uma representação criminal e administrativa contra os delegados Ricardo de Oliveira Franco e Nilson André Farias de Oliveira, e seus respectivos escrivães.
A defesa alega que os suspeitos lançaram informações inverídicas no relatório policial para influenciar a opinião do Ministério Público, com o possível objetivo de indução a erro. O que teria resultado na prisão temporária do contador, em dezembro de 2021.
Dentre as evidências apresentadas pelos advogados está um depoimento de uma suposta vítima, E.N., que consta no inquérito sem assinatura. “Ao compulsar o caderno investigativo, os advogados perceberam que o longo depoimento da vítima Sr. E. N. não se encontrava assinado. Naqueles autos, havia o reconhecimento dos suspeitos e uma amostragem de digitais. Ocorre que o Sr. E. N. procedeu à ata notarial dando conta de que nunca prestou tal depoimento em Cuiabá em 18 de agosto de 2021, nem procedeu ao reconhecimento formal dos suspeitos”, detalha a defesa na representação.
Na declaração registrada no Cartório do Segundo Ofício de Arenápolis, no início de janeiro deste ano, a suposta vítima afirma que uma escrivã da PJC, de Rondonópolis, ligava para obter informações e mandava fotos por WhatsApp para saber de um episódio que aconteceu no início de 2020, quando a suposta vítima estava junto com o contador João Fernandes Zuffo e ambos foram assaltados.
Dentre os pedidos feitos pelos advogados de defesa do contador junto ao MP, Secretário de Segurança Pública e PJC está a instauração de correição nos inquéritos conduzidos pelos delegados, e o afastamento das autoridades policiais da presidência das investigações.
Também a suspensão cautelar dos delegados e escrivães de suas atividades funcionais, a instauração de procedimento criminal investigativo para investigar os indícios de falsidade ideológica e indução a erro no processo penal, além do pedido de instauração de processo administrativo-disciplinar.
Ao MP, a defesa pede a promoção de ação penal e a sanção administrativa cabível – suspensão ou demissão – que deve ser mensurada pela Corregedoria-Geral de Polícia ou pelo secretário de Estado de Segurança Pública.
Operação Flor do Vale
João Fernandes Zuffo foi preso no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá (MT), no momento em que fazia uma caminhada, na manhã do dia 09 de dezembro do ano passado, após ter a prisão decretada pela Justiça e levado para o Centro de Custódia da Capital (CCC), onde aguarda, detido, o desfecho do caso.
Zuffo é suspeito de ser o mandante de assaltos em sequência a chácaras do Condomínio Flor do Vale, na região do lago do Rio São Lourenço, em Juscimeira (MT), em julho de 2021, que culminaram na morte do advogado João Anaídes Cabral Neto, de 49 anos, também de Rondonópolis.
Fonte: Folhamax

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