E agora, José?

(Arquivo)

Família afirma que secretária impediu liberação do corpo

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Rondonópolis está às voltas com os questionamentos que estão sendo feitos pela família do caminhoneiro Elton Rocio de Camargo (35), dado pelo órgão municipal como mais uma vítima fatal do coronavírus na cidade, conforme o Boletim Informativo do dia 24, domingo.
Pelo atestado de óbito expedido pelo município a causa-mortis teria sido por coronavírus, o que é contestado pela família, que cita o teste negativo e que o caminhoneiro teria dado entrada no Hospital Geral Materclin (HGM) com sintomas de dengue, na sexta-feira (22) depois de ter sofrido um acidente.
Uma das tias de Elton afirmou em vídeo enviado para o programa Balança MT, do Canal 12 de Cuiabá, que ele teria morrido em decorrência de uma parada cardíaca durante o procedimento de intubação no HGM e que um primeiro teste para coronavírus, feito no dia 22, teria dado negativo.
Cita a familiar ainda, que a retirada do corpo para velório e sepultamento foi impedida por determinação da secretária de Saúde Izalba Albuquerque, que por telefonema ao HGM teria solicitado a realização de um novo exame, em curto espaço de tempo, que deu positivo para o Covid-19, impedindo que o corpo fosse retirado pela funerária contratada pela família.
“Exigimos que seja feita uma contraprova para confirmar a real causa da morte, porque nós temos uma gravação do médico, falando que não foi Covid-19”, diz a familiar da vítima, destacando que no aúdio gravado, o médico questiona: “Isso aqui está esquisito…essa nota aqui, está esquisita…a Prefeitura fez também aquela divulgação. Não conversou com vocês, pessoalmente?”.
Através de nota, a secretária Municipal de Saúde afirma que o motorista havia retornado de uma viagem ao Pará e começou a apresentar sintomas de febre, tosse, falta de ar, desconforto respiratório, mal-estar, perda do olfato e paladar e por isso foi notificado como de síndrome respiratória aguda grave, confirmando ainda que a morte foi por coronavírus e não como suspeita, contrariando o atestado de óbito expedido pelo médico que o atendeu.
Enquanto o assunto não é resolvido, o corpo da vítima aguarda no necrotério do hospital, para ser velado e sepultado pela família.
Da Redação com Folhamax

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