É para matar os “véios”, mesmo !

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Nebulização prejudica o sistema respiratório (Abrasco)

Método afeta os sistemas nervoso e respiratório
(Abrasco)

Em razão dos 457 casos de dengue registrados em Rondonópolis, de janeiro deste ano até a última sexta-feira (27), conforme dados da Vigilância Epidemiológica local e de cujo total 25 casos apontaram sinais de alarme, com o registro de uma morte por dengue hemorrágica, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) vem executando várias medidas através das Agentes de Combate a Endemias (ACEs) e também  solicitou ao Governo do Estado, permissão para a aplicação do método “fumacê” na cidade.
Se por um lado há a preocupação em se exterminar o mosquito transmissor da doença, que causa ainda zika e chikungunya (consideradas dengues brandas), por outro aacreditamos que a adoção do “Fumacê” irá piorar a saúde dos idosos e crianças, portadores de doenças respiratórias crônicas – cujo sistema imunológico é mais frágil e estão expostos à contaminação pelo H1N1 (gripe Influenza) e pelo coronavírus -, uma vez que esse sistema, é feito através de nebulização química nas ruas.

Nebulização a pé, também é altamente nociva
(Evaristo Sá/AFP/Getty Imagens)

De acordo com sanitaristas e pesquisadores da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), esse tipo de procedimento vetorial, que há cerca 40 anos é realizado sem efetividade para os objetivos pretendidos, oferece grande risco para os sistemas nervoso e respiratório, por utilizar a borrifação de venenos químicos diluídos em água, como o Malathion 30% – um organofosforado de alta concentração tóxica, que causa danos irreversíveis à saúde dos humanos e  dos animais.
Terrenos baldios
Como terrenos baldios contribuem em muito para a proliferação do Aedes aegypti e de outros mosquitos, temos cobrado, insistentemente, da Prefeitura e também dos vereadores, que medidas mais enérgicas sejam tomadas e que os proprietários de terrenos baldios sejam multados monetariamente, com valores altos que venham a doer e não fazer cócegas somente em seus bolsos, por permitirem que seus lotes se transformem em matagais de considerável altura, sobremaneira na época das chuvas, servindo ainda para depósito de entulhos de diversas origens, inclusive de destino para animais mortos.
Paralelamente, falta compromisso e responsabilidade de grande parte da população, que por puro relaxo amontoa em seus quintais restos de materiais de construção, galhos e folhas de árvores e lixo, sem se importar também com o acúmulo de água das chuvas, em latas, garrafas e outros utensílios.
E, quem acaba “pagando o pato” pela indiferença dos “relaxados”, são os vizinhos que mantêm seus quintais limpos e que, por “ironia do destino”,  são as principais vítimas do Aedes aegypti !

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