Empresário de MT é preso por ameaçar e explorar sexualmente uma funcionária adolescente

Agressor foi preso e levado à 1ª DP (Ilustrativa)

Empresário foi preso em flagrante
(Ilustrativa)

Outras vítimas do homem, algumas adolescentes também, relataram episódios de assédio e intimidação
A equipe da Delegacia da Polícia Civil em Sorriso (médio Norte de Mato Grosso) prendeu em flagrante, na tarde de ontem (10), um empresário de 55 anos pelos crimes de ameaça, violência psicológica e exploração sexual de adolescente.
O Núcleo de Atendimento à Mulher, Criança e Idoso recebeu denúncias de ex-empregadas do empresário, que relataram episódios de assédio, constrangimento e importunação sexual no ambiente de trabalho. O empresário tem uma loja de variedades e um hotel na cidade de Sorriso.
Uma vítima, de 17 anos, narrou que o homem trancou a porta do local onde ela trabalhava, depois que a adolescente, acidentalmente, quebrou um objeto. O empresário a assediou e a beijou, ao que ela esquivou, e depois disse que a vítima poderia pagar de outra maneira o prejuízo causado.
Outra vítima relatou que o empregador ordenou que ela se trocasse e usasse uma roupa mais justa, e tentou forçar entrada no banheiro em que ela estava, além de ter lhe apertado o braço na intenção de intimidá-la, quando ela disse que o denunciaria. Em outro relato, uma vítima declarou que ele ordenou a ela que ficasse nua, quando ele desconfiou de que estaria sendo furtado.
Uma das vítimas começou a ser ameaçada pelo empresário, que mandou mensagens dizendo que colocaria alguém para pegá-la porque ela estava tentando roubá-lo. Diante das ameaças, a equipe de policiais civis realizou diligências e localizou o denunciado no local de trabalho e o conduziu em flagrante à Delegacia de Polícia.
Na empresa, os investigadores encontraram outra adolescente, de 16 anos, que, de acordo com o relato das outras vítimas, estava sendo explorada sexualmente pelo agressor, que lhe fornecia moradia em troca de sexo, além de lhe dar drogas. A vítima confirmou as informações.
A delegada Jéssica Assis destaca que o caso investigado evidencia a cultura do estupro no ambiente de trabalho e a naturalização da violência. “Toda essa situação criminosa foi tratada pelo denunciado como uma prerrogativa decorrente da relação patronal, e pelas vítimas, como um percalço inevitável da dinâmica empregador e empregado, que deve simplesmente ser aturado. São jovens o iniciando sua jornada profissional, já tão prematuramente repleta de máculas de exploração, violência, humilhação e truculência”, pontuou a delegada responsável pelo Núcleo da Mulher.

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