Esposa de Sergio Cabral barra entrada da PF em sua casa

Adriana está em prisão domiciliar (Foto: Sejusp RJ)

Adriana está em prisão domiciliar
(Foto: Sejusp RJ)

Agentes da Polícia Federal (PF) foram barrados agora à tarde pela ex – primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo, de fazer a primeira vistoria em sua residência – conforme estabelecido sobre a mudança do regime prisional, de fechado para domiciliar, concedido a ela desde a semana passada.
Na decisão sobre a mudança no regime prisional, juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, autorizou a PF a realizar inspeções no imóvel, sem prévia comunicação, entre as 6 horas e 18 horas.
“Ela [Adriana] recusou a entrada deles porque eles não estão relacionados, não sei [o motivo]…Pedi que retornem e façam a comunicação para mim. Vou decidir a respeito disso”, afirmou o juiz. Bretas afirmou ainda, que recomendou que os agentes não insistissem.
Condições
Essa seria a primeira vistoria no apartamento de Adriana desde que ela foi para prisão domiciliar. A mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral conseguiu na Justiça o direito de ir para prisão domiciliar, mas com a condição de que não teria acesso a internet ou telefone.
A prisão domiciliar de Adriana Ancelmo entra em confronto com a situação das demais mulheres presas até hoje e não contempladas pelo benefício, uma vez que o histórico público e notório da jurisprudência brasileira, é o de que em regra não se concede prisão domiciliar automaticamente às diversas mulheres presas e acusadas pelos mais diferentes crimes, apenas porque tenham filhos menores de até 12 anos de idade.
Adriana Ancelmo e Sergio Cabral tem dois filhos – de 11 e 14 anos, respectivamente – e foi  beneficiada no dia 24 de março, por uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após ela alegar que seus filhos estão sozinhos, devido à prisão do pai e da mãe.
Corrupção
Adriana é acusada de envolvimento em crimes de corrupção praticados pelo seu marido e outras pessoas, inclusive com a utilização de seu escritório de advocacia para receber altas quantias de propina. O esquema envolvendo Cabral foi alvo da Operação Calicute, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato.
A Justiça concede a ela um benefício que não estende às outras presas e a “madame” volta a se “achar”.
Brasil, Brasil!
Da Redação com Estadão/Último Segundo IG
Atualizada às 17h41:
Uma confusão antes da vistoria, porém, foi relatada pelo juiz da 7ª Vara Federal Marcelo Bretas, responsável pela transferência de Adriana para seu apartamento. Ao fim de audiência na qual ouvia testemunhas de defesa no âmbito da Operação Calicute, o magistrado comunicou aos advogados de Adriana que a ex-primeira-dama havia impedido a entrada dos agentes federais no imóvel.
Pouco tempo depois, no entanto, o próprio Bretas esclareceu que havia se tratado de uma confusão. Adriana Ancelmo receberia, antes de cada inspeção, uma lista com os nomes dos policiais que a visitariam, mas os nomes dos agentes que foram à sua casa nesta quarta, não constavam no ofício.
Fonte: G1 Rio

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